Na realidade, foram mais os engenheiros da agência espacial norte-americana que levaram o rover Mars 2020 “a dar umas voltas”, como é anunciado oficialmente.
De acordo com o explicado pela NASA, o veículo marciano de 1,040kg foi rodado no sentido do relógio e em sentido contrário a cerca de uma rotação por minuto naquilo que é denominado como mesa giratória num espaço de trabalho tipo “clean room”, desenhado para prevenir contaminação, no Jet Propulsion Laboratory da NASA, em Pasadena, Califórnia.
Na imagem disponibilizada, a rotação está acelerada.
Os engenheiros estavam à procura do centro de gravidade do rover, ou o ponto em que o peso é igualmente disperso por todas as partes.
A definição do centro de gravidade é um elemento chave do processo de montagem do rover e ajuda a assegurar que vai correr tudo pelo melhor com o veículo robótico, principalmente durante a entrada, descida e chegada à superfície de Marte, tal como calculado. Os engenheiros podem adicionar pesos de modo a equilibrar o veículo. No final, afixaram nove pesos de tungsténio, num total de 20kg, aos chassis do rover em pontos de ligação predeterminados, para obter o centro de gravidade perfeito.
“O processo da mesa giratória é idêntico à forma como uma oficina calibra um pneu novo antes de o pôr no seu carro”, explica Lemil Cordero, um dos engenheiros do JPL ligado ao projeto. “Rodámos o rover para trás e para a frente e procurámos assimetrias na sua distribuição de massa. Então, tal como na oficina, que põe pequenos pesos na jante do pneu para o equilibrar, também colocamos massas de balanceamento no rover em pontos específicos para definir o seu centro de gravidade exatamente onde o queremos”.
Este foi o primeiro teste na mesa giratória do rover assemblado para determinar o seu centro de gravidade. Na próxima primavera está prevista a realização de um segundo e último teste, nas instalações da NASA, em Cape Canaveral.
Quando o veículo pousar na Jezero Crater, a 18 de fevereiro de 2021, será a primeira nave espacial na história da exploração planetária com a capacidade de redirecionar, com precisão, o seu ponto de aterragem, durante a sequência de aproximação, neste caso, ao planeta vermelho.
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