A Qualcomm apresentou esta semana os QCS605 e QCS603. Os processadores, desenvolvidos com base numa arquitectura de 10 nanómetros, vão equipar aparelhos inteligentes feitos para integrar redes privadas de Internet das Coisas, como aspiradores autónomos e câmaras de vigilância. Com estes componentes foi também disponibilizado um kit de desenvolvimento de software (SDK) que vai orientar os programadores na hora de criarem funcionalidades para os seus aparelhos de IoT.
Ambos os modelos integram GPU Adreno e CPU ARM de múltiplos cores (oito e quatro, respetivamente), e sistemas de processamento Hexagon e Spectra. Estas especificações vão articular-se com as potencialidades do SDK apresentado para permitir o desenvolvimento de funcionalidades como a deteção e identificação de objetos, reconhecimento facial ou evasão de obstáculos.
Segundo a empresa, estas habilidades não só vão ser possíveis de materializar, como vão ser tornadas eficientes graças às tecnologias de inteligência artificial, processamento de imagem e eficiência energética que integram estes processadores.
No que toca à imagem, a afirmação é sustentada com suporte para sensores fotográficos duplos de até 16 megapixeis, livestreams em 4K a 60 frames por segundo e realidade virtual. Seshu Madhavapeddy, vice-presidente do departamento de IoT da Qualcomm, adiantou que o conhecimento reunido com o desenvolvimento de processadores móveis ajudou a empresa a conceber um componente capaz de oferecer uma performance superior no que toca à captação de imagens em condições de pouca luminosidade, o que pode vir a ser útil em equipamentos de vídeovigilância, por exemplo.
Por último, sublinha-se ainda a integração de sensores WiFi e Bluetooth 5.1.
O responsável adiantou que os processadores estão a ser testados desde o final de 2017. Os primeiros gadgets munidos com um destes processadores deverá chegar ao mercado já na segunda metade deste ano.
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