Durante uma entrevista à QG, o presidente da PlayStation, Jim Ryan, abriu um pouco do livro sobre os planos da Sony para os próximos tempos para a sua nova consola PlayStation 5. O líder da divisão de gaming da Sony falou na situação atual da produção de novas unidades da consola para satisfazer a procura, o adiamento de jogos devido à situação pandémica e algumas novidades adicionais, que incluem a chegada de mais títulos do seu catálogo ao PC, como aconteceu com Horizon: Zero Dawn.
Uma novidade diz respeito ao regresso do programa Play At Home, que durante os meses de março até junho deste ano, serão lançados alguns jogos gratuitos. O primeiro título será Ratchet & Clank, disponível na PlayStation 4, já a partir da próxima terça-feira, dia 2 de março. A iniciativa da Sony é o seu contributo ao combate à COVID-19, incentivando os jogadores a manterem-se em isolamento e a praticar o distanciamento social durante a pandemia. No ano passado, a Sony ofereceu Uncharted: The Nathan Drake Collection e Journey sem custos adicionais aos seus utilizadores.
A grande novidade diz respeito à produção de uma segunda geração do sistema de realidade virtual PlayStation VR. Sem entrar em grandes pormenores, Jim Ryan afirmou que as unidades para developers vão ser entregues em breve, mas não adiantou datas de lançamento final. O presidente da PlayStation considera que a realidade virtual continua a evoluir e a ser apelativo, salientando que desde que a empresa chegou ao mercado aprendeu diversas lições, incluindo a facilidade de utilização.
Apesar de não ser um sistema wireless, como o Oculus Quest, vai requerer apenas um único cabo para ligar à consola. De recordar que o primeiro headset é compatível com a PS5, mas necessita que os utilizadores submetam um pedido para um adaptador para funcionar. Sobre as especificações técnicas do novo sistema, Jim Ryan promete mais novidades ao longo do ano.
Questionado sobre as vendas “estagnadas” da consola, devido à falta de stock, Jim Ryan lembra que a PS5 vendeu 4,5 milhões de consolas no final de dezembro, um número superior â PS4 em 2013, mesmo com as condicionantes relativas à pandemia de COVID-19, o que para a empresa parece ser uma grande vitória. Partilhou ainda algumas estatísticas interessantes, referindo que um em cada quatro dos que compraram uma PS5 não tinham uma PS4; e cerca de metade eram estreantes no serviço PlayStation Network, significando que a nova consola trouxe novos jogadores para o seu ecossistema. Ainda assim lamenta aqueles que ficaram de fora devido à escassez de consolas.
Justificando ao detalhe o abrandamento da produção de consolas, apontou as limitações do mercado de semicondutores, destacando que diferentes indústrias, desde a automóvel aos smartphones e PCs competem pelos mesmos. Outra dificuldade apontada diz respeito ao modelo de distribuição para o online, algo que a empresa nunca tinha feito anteriormente. E para terminar a “crise”, o alto nível de procura da PS5 ajudou a esgotar a consola mais rápido do que a empresa esperaria. Prometeu, no entanto, que a cada mês seja aumentada a produção das consolas, até chegar ao nível normalizado. Destaca que na última semana disponibilizou um grande stock de unidades no Reino Unido e mais vão chegar ao mercado global nas próximas semanas e meses.
A COVID-19 não atrasou apenas a produção de consolas, mas tem causado o adiamento de alguns títulos de 2021. Gran Turismo 7, por exemplo, já foi empurrado para 2022. Returnal foi também adiado um mês, mas outros títulos podem ser igualmente adiados caso seja necessário, entre eles Ratchet & Clank e Horizon: Forbidden West, assim como eventualmente God of War Ragnarok.
Por fim destaca o sucesso da experiência de lançamento de Horizon: Zero Dawn no PC, e justificando o alto custo de produção dos seus títulos mais iriam chegar aos computadores, sendo Days Gone o próximo, previsto para a primavera.
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