O consumo de dados digitais continua a aumentar e com eles a necessidade de datacenters capazes de gerir o aumento acelerado do tráfego de dados. A Visual Capitalist compilou no mapa os dados disponibilizados por várias fontes, para mostrar a distribuição geográfica dos 8 mil centros de dados que se calcula existirem hoje em todo o mundo.
A tendência é cada vez mais a de criar clusters que otimizam a infraestrutura, mas também tendem a criar polos cada vez mais densos de data centers. O maior exemplo desta tendência está nos Estados Unidos, mais concretamente na Virgínia do Norte, nos Estados Unidos.
Há mais de 300 centros de dados só na região, que aloja parte importante da infraestrutura de servidores da AWS. Estima-se que um terço do tráfego de internet mundial passe pelos datacenters do norte da Virgínia.
A exigência energética destas infraestruturas é elevada. Em média um datacenter precisa, pelo menos, de 100 MW de energia, pelo que este indicador acaba por ser um dos mais usados para medir a dimensão do mercado.
Os 300 datacenters da Virgínia consomem 2.552 MW, quatro vezes mais que o consumo energético estimado para a segunda região mais importante dos EUA neste domínio, Dallas, com 654 MW.
Além destas, os Estados Unidos destacam-se no mapa mundial de datacenters com várias outras cidades. Europa e Ásia também têm relevo neste mapa mundial, que avaliou a concentração de infraestruturas deste tipo em 63 regiões ou cidades, para eleger os 50 maiores mercados mundiais de datacenters.
Na Europa, o Reino Unido é o país com maior pegada ambiental. Os datacenters que funcionam a partir de Londres precisam de 1.053 MW. Na mesma lista, a segunda cidade europeia com maior capacidade instalada é Frankfurt, com 864 MW.
A nível global, a segunda região com maior capacidade de computação é Pequim, com 1,799 MW, que se mantém a única cidade asiática a precisar de mais de 1.000 MW para alimentar os seus centros de dados.
Este é, ainda assim, um estatuto que deve durar pouco, dado o rápido crescimento da capacidade instalada noutras regiões. Os datacenters já instalados em Tóquio, por exemplo, consomem 865 MW. Tóquio surge na quinta posição deste ranking global.
Em comum, os pontos do globo com mais datacenters partilham a proximidade de grandes centros urbanos e comerciais, onde podem servir as empresas e organizações, públicas e militares, nas proximidades.
Espera-se que nos próximos anos este mapa mude dramaticamente, não apenas nas regiões listas mas na capacidade instalada para responder a diferentes tipos de exigência, nomeadamente a capacidade de computação que o treino de modelos de inteligência artificial exige.
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