A Cloud já não é um conceito desconhecido das empresas portuguesas, mas muitas ainda não sabem como tirar partido do potencial das várias tecnologias sustentadas “na nuvem” e é aí que a Google quer atuar, mostrando como a sua proposta de serviços na Cloud pode suportar a inovação, dando ferramentas mais flexíveis para tratar informação, desenvolver processos de negócio e colaboração, tudo com grande elasticidade e investimento à medida das necessidades.
Esta visão esteve em destaque no Google Cloud Day, que a empresa realizou ontem em Lisboa, no Convento do Beato, e foi detalhada ao SAPO TEK por Jorge Reto, numa entrevista onde o novo responsável da unidade de Cloud em Portugal mostrou o seu conhecimento do mercado e a confiança de que as empresas estão a aplicar o conceito.
“Estamos num ´momento quente´ mas ainda há muito para desbravar”, admite Jorge Reto, explicando que tem tudo a ver com as diferentes fases de Cloud por que o mercado passou, das soluções de Application As a Service (APS) à vitualização, passando agora para a Cloud como serviço. “Esta é a terceira vaga, em que a Cloud é um serviço, e é aqui que a Google está. Investimos em infraestruturas robustas, em servidores e segurança, e garantimos flexibilidade e um modelo de pricing aberto para que as organizações se sintam abertas a usar o serviço”, refere.
Um dos casos de estudo é o da EDP que mostrou no Cloud Day como está a usar o Google App Engine para desenvolver as suas aplicações, ganhando em rapidez, flexibilidade e escalabilidade. Mas há mais exemplos, como afirma Jorge Reto, que lembra que um dos casos de sucesso internacionais é o do Pokémon Go.
“Para já as empresas que estão a tirar mais partido da Cloud são as que nasceram digitais, as native digital, que são startups mas não só – por exemplo a OutSystem não é uma startup. Falta o resto do mercado perceber, mas temos tido conversas muito interessantes”, justifica.
As áreas de Big Data, com a capacidade de processar 300 terabytes de dados de forma fácil e pagar apenas os minutos usados na Cloud, e o Machine Learning, em que as empresas podem tirar partido do investimento que a Google fez em inteligência artificial, são duas das áreas onde existe maior potencial, mas Jorge Reto acrescenta ainda o desenvolvimento aplicacional, com a App Engine que é hoje “uma das melhores tecnologias que a Google tem”.
Ainda assim o Head of Google Cloud adiciona uma quarta área, na qual admite grande crescimento a médio prazo, que é a área da colaboração e produtividade. Mas esta terá um arranque mais lento porque obriga a uma grande transformação da forma de trabalhar das empresas, embora as torne mais flexíveis.
A curto prazo Jorge Reto admite que o que vai crescer mais em Portugal será a Google Cloud Platfom, onde “há muita inovação e possibilita a uma empresa arrancar de imediato com um novo processo, o que permite que o mercado seja mais rápido a adotar”.
E daqui a um ano, qual será o estado da arte? “É difícil prever, isto tem muito a ver com vagas e a tecnologia muda muito depressa […] O que consigo prever é que tudo o que sejam empresas novas já nascem na cloud e os novos projetos de inovação que nascem nas grandes organizações já nascem na cloud”, mas depois há todo o “lastro” de aplicações legacy que ainda têm de fazer o caminho de transformação.
Reforçar a presença no mercado
O Head of Google Cloud em Portugal assumiu a liderança do negócio de Cloud para empresas em Portugal há poucos meses mas tem uma visão muito clara sobre o que quer obter: crescimento da equipa e da rede de parceiros, tudo para ajudar clientes e parceiros a melhorar processos de negócio e de transformação digital.
“Estamos a chegar ao mercado num momento quente nos projetos de Cloud e fazia falta uma abordagem mais frescal, flexível e aberta”, adianta Jorge Reto ao SAPO TEK, explicando que a unidade de Cloud em Portugal está a receber tantas solicitações que o mais difícil é conseguir dar resposta.
A rede de parceiros está a crescer e Jorge Reto admite que a postura mais aberta ao desenvolvimento de parcerias (em relação a outras empresas) foi bem vista e bem recebida no mercado português. “Os nossos parceiros são uma extensão da Google, e é isso que os nossos clientes e o mercado nos pedem, que sejam uma extensão de nós próprios e representem essa qualidade”, refere o responsável pela Google Cloud que lembra ainda que a empresa tem uma comunidade muito grande de developers em Portugal que quer apoiar e que tem muito conhecimento.
O apoio e integração com equipas internacionais é também destacado. "A Google funciona muito com um espírito de startup e temos um grande apoio das equipas internacionais, e da grande comunidade de Googlers portugueses que estão disponíveis para ajudar no terreno e que têm sido uma grande ajuda nesta fase de transição", salienta Jorge Reto.
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