Há um novo vencedor do título de supercomputador mais rápido do mundo. O ranking de rapidez é agora liderado pelo Fugaku, um supercomputador japonês com uma capacidade de 415 petaflops e que consegue ser 2,8 vezes mais rápido do que o Summit, o sistema desenvolvido pela IBM.
O supercomputador que está no primeiro lugar do “pódio” do Top500, o projeto lançado em 1986 para classificar os sistemas de computador mais poderosos do mundo, foi desenvolvido pelo Riken Center for Computational Science e pela Fujitsu.
Ao todo, o Fugaku demorou cerca de seis anos a ser construído, com os custos a ultrapassarem os mil milhões de dólares. No centro do seu “cérebro” tecnológico está um SOC A64FX 48-core da Fujitsu, baseado na arquitetura dos processadores da ARM.
A entrada do Fugoku para o topo da lista de supercomputadores mais rápidos do mundo é a primeira vez desde 2011, altura em que o K, o predecessor do Fugoku liderou a lista, um fim temporário ao domínio do primeiro lugar dos sistemas de computador norte-americanos e chineses.
Na lista deste ano, o Summit e o Sierra da IBM, outrora a ocupar a primeira e segunda posição da lista de 2019, descem um lugar, assim como o Sunway TaihuLight, desenvolvido pelo Centro Nacional de Investigação de Engenharia de Computação e Tecnologia da China.
No entanto, a China continua a liderar no que toca ao número de supercomputadores presentes na lista do Top500: ao todo, 226 sistemas. Seguem-se os Estados Unidos, com 114 computadores, e o Japão, com 30.
À semelhança do que se passa na União Europeia, com o projeto Exscalate4CoV, e nos Estados Unidos com o COVID-19 High Performance Computing Consortium, o Fugoku está a ser utilizado pelos cientistas para ajudar a identificar um tratamento para a COVID-19. O Riken Center for Computational Science avança que o Fugoku será também utilizado para perceber que mudanças existem nas células quando são infetadas pela doença.
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