A campanha foi lançada ontem e prevê a coordenação de investimentos públicos e privados em micro e nanoeletrónica, áreas onde algumas regiões estão a investir fortemente.

Neelie Kroes, vice-Presidente da Comissão Europeia defendeu que a Europa não pode ficar para trás. "Devemos reforçar e interligar os pontos fortes que temos e criar outros. É necessária uma coordenação rápida e forte do investimento público a nível da UE, dos Estados-Membros e das regiões para que essa transformação ocorra", afirmou.

O setor da eletrónica emprega atualmente mais de 200 mil pessoas na Europa e a procura de recursos qualificados tem vindo a aumentar. As receitas globais da indústria rondaram os 320 mil milhões de euros em 2012 e a estimativa dos analistas aponta para receitas de 1.600 mil milhões em valor criado a nível mundial.

O objetivo da Europa é conseguir duplicar a produção e garantir uma quota de 20% no fabrico a nível mundial, ultrapassando os Estados Unidos, pelo menos em produção realizada internamente.

A CE quer reforçar o investimento público em Investigação e Desenvolvimento nesta área, mas também desenvolver os três polos europeus de eletrónica Dresden (DE), Eindhoven (NL), Lovaina (BE) e Grenoble (FR) e ligá-los a outros centros como os que estão situados em Cambridge (UK), Caríntia (AT), Dublim (IRL) e Milão (IT).

A meta definida passa por mobilizar 10.000 milhões de euros de fundos privados, regionais, nacionais e da UE, com base num conjunto comum de objetivos para a investigação e a inovação. Neste valor estão incluídos 5.000 milhões de euros que vão ser canalizados para este efeito através de uma parceria público-privada.

Esta parceria terá a duração de sete anos e pretende abranger toda a cadeia de valor e inovação do setor da eletrónica, financiando, inclusivamente, projetos de inovação de grande escala, no âmbito do programa de investigação Horizonte 2020.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico