Mais de dez anos depois da introdução de 500 mil computadores nas escolas portuguesas, as promessas de avanço tecnológico nas salas de aula não foram totalmente cumpridas. A confirmação chega por parte do recém divulgado relatório “Estado da Educação 2018”, o qual demonstra que o número de equipamentos disponíveis tem vindo a diminuir, sendo que estes são a tornar-se cada vez mais obsoletos.
O estudo do Conselho Nacional de Educação revela que, nas escolas do continente, o número de computadores disponíveis sofreu, em 2017/2018, uma drástica quebra de 28% em relação ao ano de 2015/2016. Atualmente, cada equipamento é dividido por 6,6 alunos do 1º Ciclo.
Tendo por base um relatório da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), em 2019, o relatório dá também a conhecer que além de o número de computadores por aluno ser limitado, a maioria dos materiais informáticos está desatualizado. Neste último ano, a percentagem de equipamentos com mais de três anos “aumentou significativamente” para 85%, em comparação com os 64,4% de 2015/2016.
No que toca ao acesso à Internet, o estudo indica que, embora a situação tenha vindo a melhorar desde 2015/2016 em todos os ciclos e níveis de ensino público, esta está longe do ideal. No caso do primeiro ciclo, existe apenas um computador ligado à web para cada 7,4 estudantes.
Uma história com e-Escola e e-Escolinha
Em 2008, o Plano Tecnológico da Educação, levado a cabo pelo governo liderado por José Sócrates, prometia transformar tecnologicamente as instituições de ensino, através do projeto e-Escola e e-Escolinha, com computadores portáteis e os famosos Magalhães. O investimento de 400 milhões de euros tinha como objetivo ter “escolas do futuro”, as quais teriam, por exemplo, uma impressora, um videoprojector, um computador com ligação à Internet em cada sala de aula e um quadro interativo por cada duas salas.
No início do ano letivo 2019/2020, Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares, tinha já indicado à TSF, que uma das grandes preocupações continua a ser a obsolescência do material informático presente das escolas portuguesas, sendo que grande parte dos equipamentos tem já mais de uma década.
“A maior parte das escolas receberam entre 2007 e 2009 material informático novo e em quantidade necessária, mas a verdade é que daí para cá não houve atualização, não houve substituição", afirmou Manuel Pereira, acrescentando que os orçamentos das instituições de ensino não permitiram fazer melhorias quer a nível de software, quer no que toca a hardware.
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