O Deucalion, integrado no Minho Advanced Computing Centre (MACC), é um supercomputador petascale, capaz de executar um desempenho máximo de 10 Petaflops, ou 10 milhões de biliões de cálculos por segundo. A máquina usará a mesma tecnologia ARM do Fugaku, considerado como o supercomputador mais rápido do mundo. O supercomputador será batizado esta sexta-feira, dia 18 de junho em Guimarães.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor já havia referido que o supercomputador vai permitir “o desenvolvimento de um contexto único e inovador para aplicar os princípios europeus e mundiais da computação verde”, tudo através de uma infraestrutura sustentável, cofinanciada por fundos nacionais atribuídos à área da Ciência e fundos estruturais europeus alocados à região Norte e ao Fundo de Apoio à Inovação e Fundo de Eficiência Energética.

O novo supercomputador resulta de um esforço conjunto cofinanciado pela FCT, pelo Fundo de Apoio à Inovação, o Fundo de Eficiência Energética, os Fundos Estruturais Europeus da Região Norte de Portugal, o Município de Guimarães e a EuroHPC JU que irão contribuir com 6,95 milhões de euros. Representando um investimento conjunto de mais de 20 milhões de euros nos próximos três anos, sete dos quais financiados pela União Europeia.

A capacidade do Deucalion será complementada por mais quatro supercomputadores petascale EuroHPC a serem instalados no Luxemburgo (LuxProvide), Eslovénia (IZUM), República Checa (IT4Innovations National Supercomputing Center) e Bulgária (Sofiatech). Há também mais três supercomputadores pre-exascale EuroHPC localizados na Finlândia (CSC – IT Center for Science), Itália (CINECA) e Espanha (Barcelona Supercomputing Centre).

A cerimónia de inauguração conta com a presença da eurodeputada do PSD, Maria da Graça Carvalho, relatora da parceria europeia sobre computação de alto desempenho.

A eurodeputada vai participar numa mesa-redonda com o tema “Computação de Alto Desempenho para a Ciência e a Inovação”, realizado no campus de Guimarães da Universidade do Minho, num evento coorganizado pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e pela Comissão Europeia. O debate será presidido por Manuel Heitor, estando presentes representantes de cinco países europeus que também vão receber supercomputadores. Mariya Gabriel, comissária europeia para a Inovação, investigação, Cultura, Educação e Juventude, também estará presente.

No relatório de Maria da Graça Carvalho, aprovado recentemente pelo Parlamento Europeu, traçou-se os passos necessários para que a União Europeia possa usufruir desta infraestrutura. Passos que foram divididos em seis grandes linhas de ação: Acesso facilitado, Abertura a novos participantes, Sinergias, Alinhamento com as prioridades da UE, Liderança Industrial e Conhecimento e Sensibilização. “O sucesso desta iniciativa dependerá em muito do envolvimento, acesso e sensibilização que consiga gerar entre as partes interessadas”, afirma.

O relatório diz ainda que se deve garantir que todos os utilizadores tenham acesso às infraestruturas e serviços, assim como dados científicos e comerciais, nomeadamente as PMEs e startups, que são uma prioridade.

É ainda frisada a importância de se criar um “verdadeiro ecossistema de excelência” no digital, abrangendo investigação e inovação, desenvolvimento e fabrico de sistemas de hardware de baixo consumo, como microprocessadores e computação quântica, e um forte investimento em competências e conhecimentos, especialmente no que respeita à perspetiva de género, considerando as lacunas atuais, e na educação e consciencialização pública.

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