A Kitty Hawk, a startup do fundador da Google, Larry Page, responsável pela criação do Cora, o veículo autónomo voador que começou a ser testado este ano na Nova Zelândia, decidiu pôr um fim ao desenvolvimento do Flyer, o veículo aéreo ultraleve da empresa projetado para ser utilizado pelo público em geral.

De acordo com uma publicação no seu blog oficial, a Kitty Hawk optou por encerrar o último capítulo da história do Flyer para se concentrar no projeto Heaviside, onde pretende construir um avião elétrico autónomo. Segundo fontes a que a Tech Crunch teve acesso, toda a equipa de 70 membros será dispensada e apenas algumas pessoas serão recrutadas para trabalhar no novo projeto.

Com um aspeto que fazia lembrar uma espécie de mota voadora, o Flyer fez a sua estreia em 2017. Um ano mais tarde, a empresa apresentou uma nova versão do veículo com um design que combinava a aparência de um drone com a de um avião concebido para proezas aéreas acrobáticas. Ao todo, foram contruídos 111 modelos do Flyer e foram realizados mais de 25.000 voos com e sem tripulação.

Para a Kitty Hawk, o grande destaque do Flyer era o facto de poder ser pilotado por pessoas que não tinham muita experiência, afirmando que para pilotar o veículo seriam apenas necessárias duas horas de treino. Porém, a empresa admite que não conseguiu viabilizar o projeto, mas afirma que o veículo permanecerá como um marco na sua história.

Agora, todas as atenções viram-se para Heaviside, que já tinha sido revelado ao mundo em 2019. À semelhança do Flyer, o avião elétrico autónomo leva apenas um passageiro e é também capaz de levantar voo e aterrar na vertical. O avião consegue voar a cerca de 170 quilómetros de altura, atingindo velocidades de aproximadamente 290 quilómetros por hora.