Depois do anúncio da nova geração de câmaras fotográficas da Canon, a EOS R, a fabricante desafiou a comitiva para uma sessão fotográfica muito especial. Os jornalistas foram transportados para um cenário futurista exótico, marcado pela presença de três tribos, que embora tivessem ideologias diferentes, estavam unidas com um único propósito: descobrir o paradeiro de uma fotógrafa que desapareceu misteriosamente. Por outro lado, um grupo de fanáticos, denominados por The Unknown, impedia a passagem da mensagem e das pistas fornecidas pelos diversos habitantes, que iriam conduzir os jornalistas na "demanda" de encontrar a pessoa desaparecida.
Estava dado o mote para o SAPO TEK explorar todo o cenário, desde a árvore central, aos diversos “habitats” das tribos. Os habitantes eram os modelos que se desdobravam em poses para fotografar, e desta forma explorar o potencial da EOS R, vendida pela tecnológica como ideal para capturar imagens com baixa luminosidade. Foram tiradas centenas de fotografias, as quais pode testemunhar na seleção feita para a nossa galeria.
Durante a nossa sessão, salienta-se a forma intuitiva com que é possível navegar nos menus e alterar as opções de ISO, o balanceamento dos brancos ou a abertura do diafragma. O modo automático permite capturar imagens de grande qualidade sem mexer em nenhuma opção. Olhar pelo ecrã e tocar na zona que deseja focar dispara uma fotografia de forma instantânea e quase sempre acertou na nossa sessão. Este formato permite obter com eficácia o tão na noda efeito bokeh, ou seja, desfocar o fundo, sobressaindo o sujeito da frente, ou vice-versa.
Obviamente que seria necessário um curso para aprender a mexer em todas as opções da câmara, mas fique a saber que é possível configurar os botões de acesso rápido, e desta forma personalizar a câmara para cada utilizador. Na parte traseira dois botões de navegação das opções configuradas permitem aceder instantaneamente ao balanço dos brancos, ao ISO e outras, caracterização que poderá ser também atribuída ao anel da lente. Assim, enquanto está concentrado a focar um objeto, basta rodar o anel para modificar os parâmetros predefinidos.
A caracterização é exatamente um dos aspetos preferidos de Nicolai Brix, fotógrafo dinamarquês que foi um dos embaixadores da Canon presentes no evento, em entrevista ao SAPO TEK. O fotógrafo foi contactado em maio para começar a testar a nova câmara e desde junho que passou a ser o seu “arsenal” de trabalho com os samples que tem trabalhado. “As novas lentes que foram lançadas com a Canon EOS R são fantásticas. Nunca fotografei com uma lente tão boa como esta de 50 mm. Isto porque a nova baioneta permitiu melhorar o sistema de óticas”, salienta o fotógrafo.
“Mas nunca tive tanto controlo sobre as opções de uma câmara. Os botões fazem aquilo que eu quero que façam. Faço muitos vídeos e consigo ter uma boa qualidade e fazer grandes produções”, refere Nicolai Brix. A sua câmara demorou algum tempo a estar no ponto que gosta, e durante o evento houve uma troca com o seu dispositivo na confusão da atribuição dos equipamentos, que o deixou aflito, pois a personalização que lhe deu era realmente algo precioso para si.
Outro aspecto que o fotógrafo refere é o sistema automático, que consegue ajudar os utilizadores, tornando-se uma câmara intuitiva de utilizar. “Apesar de tirar excelentes fotografias no modo automático, os utilizadores podem crescer com a câmara, pois tudo pode ser feito manualmente, e em formas diferentes”, acrescenta. “Quando se tem muita luz em exteriores, é sempre fácil capturar excelente fotografias, mas em baixa iluminação, o sistema automático irá ajudar a obter melhores fotos”, explica o embaixador.
O sistema eletrónico Viewfinder permite ver mais elementos no escuro até -6 EVvi, com a Canon a reclamar para si a primeira câmara a permitir focagem automática nestes valores. O embaixador confirmou ao SAPO TEK essa mesma capacidade da EOS R: “é como ter equipado uns óculos de visão noturna, capazes de disparar com um valor ISO elevado, mas sem causar ruído às fotografias.
O fotógrafo destacou ainda a qualidade do ecrã tátil do equipamento. “Tenho de confessar que, como fotojornalista em primeiro lugar, digo sempre que para capturarem aquele momento rápido, usem o Viewfinder tocando no ecrã”, explica o embaixador, referindo que agora olha muito mais para ecrã, “talvez 50/50”, do que encosta a câmara ao olho. “Com o monitor posso levantar a câmara bem alto e obter outros ângulos para capturar fotografias, tal como se estivesse com um smartphone”.
Sendo um fotógrafo de exteriores, tendo passado por locais onde abunda a poeira e sujidade, muitas vezes a troca de lentes é um pesadelo, pois durante o processo pode sujar os sensores. A nova EOS R tem o compartimento fechado com uma portinhola, um “pequeno milagre” para quem troca constantemente de lentes, salienta.
Para terminar, o embaixador da Canon deixa um conselho para quem deseja começar a fotografar: “vão fotografar. Quantas mais fotografias tirarem, mais experiência acumulam e mais aprendem. “Podes ficar o dia todo em casa a olhar para a câmara e a explorar as suas funcionalidades técnicas, mas é lá fora, a disparar que aprendes como obter as melhores fotografias.
A Canon refere que a EOS R chega ao mercado em finais de setembro, inícios de outubro. Em relação a preços, o corpo ronda os 2.400 euros e traz um adaptador para as lentes anteriores do fabricante existentes no mercado. Em relação às lentes, a RF 24-105 mm custará cerca de 1.000 euros e a RF 50 mm chegará aos 2.400 euros.
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