A instalação do primeiro supercomputador em Portugal e a criação do Minho Advanced Computing Centre (MACC) tinha sido formalizada no dia 25 de novembro de 2017, em Braga, através da assinatura de um memorando de entendimento entre a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), a Universidade do Texas em Austin (UTAustin) e a Universidade do Minho (UMinho).

No âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais – INCoDE.2030 a inauguração do supercomputador integra a Rede Ibérica de Computação Avançada (RICA), o arranque da participação nacional na iniciativa europeia EuroHPC – European High Performance Computing, e resulta de uma colaboração com a REN e a NOS.

tek BOB

Recorde cinco tópicos essenciais sobre o primeiro supercomputador português.

Que tipo de supercomputador é o BOB?

O BOB é uma infra-estrutura de Computação Avançada Stampede 1, cedida à Fundação para a Ciência e a Tecnologia pelo Texas Advanced Computing Centre (TACC) da Universidade de Austin, no âmbito de uma parceria internacional entre esta instituição e Portugal.

Que impacto poderá ter na computação nacional?

O supercomputador aumenta em dez vezes a capacidade nacional de computação e estimula novas formas de cooperação entre as comunidades científicas e empresariais nos domínios emergentes da ciência de dados e da inteligência artificial. O BOB será utilizado para dar suporte a projetos nacionais e internacionais de investigação, alinhados com as metas europeias para esta área e com a Estratégia Nacional de Computação Avançada.

Com que tipo de energia será alimentado?

Pretende-se que o supercomputador seja alimentado maioritariamente por fontes de energia renováveis, designadamente energia eólica, fotovoltaica e hidroelétrica.

Qual a capacidade do supercomputador?

O BOB tem uma capacidade de memória de 266 terabytes, 1 petabyte de capacidade de armazenamento e 1 petaFLOP de performance de cálculo. Inclui um total de 800 nós de computação.

Existem planos para a instalação de outros supercomputadores em Portugal num futuro próximo?

Até ao final de 2020 prevê-se ainda a instalação, no MACC, de uma segunda máquina designada “Deucalion”. Este projeto foi aprovado pela Comissão Europeia no passado dia 12 de junho, no âmbito da iniciativa Euro HPC. O “Deucalion” será capaz de executar, pelo menos, 10 PFlops, ou 10 mil biliões de operações por segundo.