Embora seja possível falar com um assistente pessoal inteligente ou com um chatbot, as conversas estão longe de parecer "normais". Há já algum tempo que o departamento de pesquisa em Inteligência Artificial do Facebook está a tentar resolver o problema e agora apresenta o Blender, um chatbot open-source que promete tornar as conversas entre humanos e máquinas um pouco mais naturais.
De acordo com o Facebook AI Research, o Blender é o fruto de vários anos de pesquisa na área das tecnologias de processamento de linguagem natural. A empresa afirma que o Blender é o primeiro chatbot a conseguir apresentar um vasto conjunto de competências a nível de conversação, sendo capaz de falar sobre qualquer tópico, assumir uma determinada personalidade e até demonstrar empatia.
O departamento de IA da empresa liderada por Mark Zuckerberg afirma também que o Blender é o maior chatbot open-source criado até à data. O Blender foi treinado através de modelos neuronais de grande escala com cerca de 9,4 mil milhões de parâmetros. O Facebook também o treinou com cerca de 1,5 mil milhões de exemplos de linhas de diálogo vindas de grupos de discussão do Reddit.
Os especialistas a cargo do desenvolvimento do Blender afirmam que o chatbot tem inteligência emocional suficiente para, por exemplo, dar os parabéns quando o utilizador lhe diz que foi promovido no emprego, ou para dar os pêsames quando lhe dizem que morreu alguém. O Blender é capaz de ir “mais além” nas informações que disponibiliza aos utilizadores, ao contrário de alguns assistentes pessoais inteligentes que estão programados para ler as primeiras linhas de um artigo da Wikipédia.
Um grupo de utilizadores pôs o Blender foi à prova e, segundo o Facebook, a maioria preferiu-o em relação a outros chatbots open-source. Cerca de 67% dos participantes afirmaram que o Blender soa mais “humano” e 75% revelaram que preferiam conversar durante mais tempo com o chatbot do Facebook do que com outros.
Os especialistas do Facebook AI Research indicam que o Blender ainda tem muito caminho a percorrer. Agora, a equipa de peritos está a fazer ajustes importantes ao chatbot, como ajudá-lo a detetar mais facilmente linguagem ofensiva ou a lidar com conteúdo racista ou sexista.
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