O Telescópio Espacial James Webb foi atingido, recentemente, por detritos espaciais conhecidos como micrometeoróides, que são, basicamente, grãos de pó cósmico que viajam pelo espaço.
O impacto foi maior do que o esperado e os danos infligidos estão a ter um efeito percetível nos dados do telescópio, mas não se espera que limite o seu desempenho geral, com a NASA a garantir que o James Webb ainda está a funcionar num nível que excede todos os requisitos da missão.
O incidente, que parece ter ocorrido em algum momento entre 23 e 25 de maio, atingiu um dos segmentos que compõe o espelho refletor primário hexagonal de 6,5 m de largura, o segmento C3, e foi classificado pela agência norte-americana como inevitável.
Mesmo com o impacto, o supertelescópio de quase 10 mil milhões de dólares continuará a ter um desempenho acima da média. “Projetámos e construímos o Webb com margem de desempenho – ótico, térmico, elétrico, mecânico – para garantir que possa cumprir a sua ambiciosa missão científica mesmo depois de muitos anos no espaço”, refere Paul Geithner, vice-gerente de projeto no Goddard Space Flight Center da NASA, citado em comunicado.
O James Webb foi lançado em dezembro de 2021 para substituir o revolucionário - mas prestes a reformar-se - telescópio espacial Hubble. A ESA fez, entretanto, saber que as primeiras imagens captadas pelo novo supertelescópio serão reveladas no próximo dia 12 de julho.
A NASA já partilhou algumas imagens que o James Webb captou durante o processo de calibração, mas importa sublinhar que se tratavam de testes, pelo que ainda não foi possível aferir todo o potencial do aparelho.
Veja as imagens
O telescópio prepara-se também para iniciar uma série de observações científicas. Os dados recolhidos serão depois analisados e integrados em estudos mais extensos cujas conclusões acabarão por ser divulgadas em artigos científicos.
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