O vento solar está carregado de partículas carregadas de eletricidade com origem no Sol. E é altamente variável, mudando as suas características como a velocidade, densidade e composição, dependendo da sua origem da parte da superfície do Sol.
Depois de décadas de estudo, os cientistas ainda não têm total conhecimento sobre a origem do vento solar, pois uma vez alcançado a Terra, muitos dos detalhes desaparecem, tornando-se impossível de rastrear a sua origem até à superfície do Sol, explica a ESA. Quando viaja pelo Sistema Solar, este interage com outros corpos celestiais ou naves no espaço. Estas interações podem ser benignas, como as auroras projetadas na Terra ou altamente disruptivas, podendo interferir com os sistemas tecnológicos a bordo das naves ou mesmo nas bases terrestres.
Esta é razão da importância de conhecer melhor o vento solar, missão que a Solar Orbiter se tem focado. O seu objetivo principal é estabelecer a ligação entre o vento solar à volta da sonda com a sua fonte, nas regiões do Sol. E pela primeira vez, durante a sua primeira aproximação do Sol, a Solar Orbiter conseguiu provar que era possível traçar a origem do vento solar e abrir uma nova forma para estudar o fenômeno.
Para obter as medidas, o Solar Orbiter utiliza instrumentos com sensores no local e remotos. No local são medidos a plasma e o campo magnético do vento solar em torno da sonda. Já o sensor remoto capta imagens e outros dados do Sol. Os cientistas explicam que a dificuldade está em ligar as imagens do Sol com o estado do vento solar quando chega à sonda espacial, uma vez que foi libertado da superfície do Sol alguns dias anteriores.
Nesse sentido, para ligar as duas bases de dados, foi utilizado um software online chamado Magnetic Connectivity Tool, desenvolvido para suportar esta missão. Os dados são analisados por seis telescópios solares espalhados pelo planeta que monitorizam continuamente as oscilações da superfície do Sol. A partir daqui um modelo computacional calcula como o vento solar se propaga pelo Sistema Solar, prevendo os resultados.
Outra descoberta é que o vento solar chega à Terra em duas formas: a deslocação rápida a mais de 500 km/s e a lenta, que viaja a menos de 500 km/s. Os mais rápidos têm origem em configurações magnéticas conhecidas como buracos da coroa, que canalizam o vento solar para o espaço, já a versão “lenta” do vento solar é pouco conhecida. A Solar Orbiter precisa de voar pelo campo magnético ligado ao buraco da coroa ou dos pontos do Sol onde se julga serem a origem do vento solar lento para perceber as variações de velocidade do aparelho e dessa forma tentar combinar os dois tipos para uma leitura correta.
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