A China lançou um satélite que vai servir como ponte de comunicação entre a Terra e a Lua já a pensar a longo prazo e nas futuras missões de exploração lunar do país, nomeadamente a recolha de amostras no chamado lado oculto da Lua.
Com o nome de Queqiao-2, o satélite de 1,2 toneladas subiu aos céus às 08h31 na Província de Hainan, no sul da China, à boleia de um foguetão Long March 8.
Após 24 minutos de voo, o satélite separou-se do foguetão e entrou na órbita de transferência planeada entre a Terra e a Lua, com o perigeu a 200 quilómetros e o apogeu a 420 mil quilómetros. Os painéis solares e as antenas de comunicação do satélite foram desdobrados, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
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A Lua tem sempre o seu lado próximo virado para a Terra, tornando impossível a transferência de dados do outro lado, pois não há linha de visão direta.
Caberá ao Queqiao-2 orbitar o satélite natural e transmitir sinais, num primeiro momento, de e para a missão Chang'e-6, com lançamento previsto para maio. Fará o mesmo depois com a missão Chang'e-7 em 2026 e a missão Chang'e-8 em 2028.
A vida útil projetada do Queqiao-2 de pelo menos oito anos permitirá ao satélite apoiar missões além de 2030, quando a China prevê pousar seus primeiros astronautas na Lua.
Recorde-se que a China foi o primeiro país a chegar com sucesso ao outro lado da Lua, em 2019, com a sonda Chang'e-4 e o seu veículo robótico Yutu-2 - que ainda continua em atividade.
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