Selvagem e muito profundo: assim seria o rio que passava perto de Cratera Jezero segundo a interpretação da equipa de cientistas que analisaram as mais recentes imagens enviadas de Marte pelo rover Perseverance, da NASA.
O veículo robótico está atualmente a explorar o topo de uma pilha de rochas sedimentares em forma de leque, com 250 metros de altura. A formação apresenta camadas curvas que sugerem a existência de fluxos de água, com os cientistas a quererem perceber se a água correu em riachos relativamente rasos ou se integrava um sistema fluvial mais robusto.
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Dois novos mosaicos feitos a partir de centenas de imagens, captadas pelo instrumento Mastcam-Z do Perseverance, sugerem a segunda hipótese, revelando pistas importantes: grãos de sedimentos grosseiros e pedras.
“[As imagens] indicam um rio altamente energético, que fluiu e transportou vários detritos; quanto mais poderoso é o fluxo da água, mais facilmente move grandes fragmentos ", disse Libby Ives, uma das investigadoras do JPL que opera o rover, citada pela NASA.
Os cientistas já tinham encontrado pistas de um possível rio em Marte, há alguns anos, ao observarem uma série de faixas curvas de rochas em camadas em Cratera Jezero, vistas do espaço, que denominaram de "unidade curvilínea".
Com as imagens registadas pelo rover, foi agora possível analisarem estas camadas de perto. De acordo com a interpretação, as camadas parecem estar organizadas em fileiras, que podem ter sido o resultado de pequenas ilhas de sedimentos que sofreram erosão ao longo do tempo; ou, quem sabe, sejam ainda os restos das ilhas formadas no interior do rio.
A equipa do Perseverance vai continuar a estudar as imagens do Mastcam-Z em busca de pistas adicionais. Está também a investigar abaixo da superfície com recurso ao instrumento RIMFAX (abreviação de Radar Imager for Mars’ Subsurface Experiment). O objetivo é contribuir para desvendar o antigo passado aquático de Marte, refere a NASA.
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