Criar um "Espaço orientado para os cidadãos" é o principal objetivo da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), em termos de política espacial. A garantia foi dada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, esta terça-feira.
Na Conferência Europeia do Espaço, em Bruxelas, o ministro deixou clara a missão da presidência portuguesa que teve início a 1 de janeiro de 2021 e que vai durar seis meses. "O nosso principal objetivo é a mobilização de cada ator, tanto atores institucionais como o setor empresarial europeu, numa abordagem europeia do Espaço que é orientada para os nossos cidadãos", explica, fazendo referência a "um novo Espaço para as pessoas".
Esta "abordagem europeia orientada para as pessoas" vai juntar setores públicos e privados, as indústrias, as agências espaciais nacionais e a Agência Espacial Europeia. De acordo com Manuel Heitor, esta estratégia vai permitir criar "novos e melhores postos de trabalho", acrescentando que o desenvolvimento de novas capacidades espaciais vai levar à criação de atividades empresariais em várias regiões europeias, entre as quais os Açores.
"No acesso ao Espaço, é claro que temos de fortalecer as capacidades existentes, mas também diversificá-las e complementá-las com pequenos portos espaciais, e lançadores flexíveis, que irão criar atividades empresariais em cada zona da Europa, quer seja nos Açores, em Kiruna, Andoya ou na Escócia", afirmou ainda.
Para além da criação de empregos, e salientando que o "espaço é para as gerações presentes, mas também para as futuras", Manuel Heitor frisou que também vai ajudar na criação de novos mercados.
Espaço tem “capacidades únicas” para cumprir com os objetivos da presidência
Com as linhas orientadoras da presidência a serem uma Europa mais verde, mais digital, mais resiliente num contexto social e mais aberta para o mundo, Manuel Heitor defende que o espaço contém "capacidades únicas" que permitem que a Europa cumpra os seus objetivos em cada um desses sectores.
"Sistemas espaciais, combinados com a observação da Terra e inteligência artificial avançada, podem potenciar uma maior consciencialização, mas também gerar novas ações que vão do registo de terras à mobilidade autónoma, passando pela gestão da biodiversidade, o que poderá permitir a liderança europeia na transformação verde e digital", afirmou o ministro.
Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou a importância do espaço para uma "Europa robusta". Para o representante, a União Europeia tem de assegurar um acesso ao Espaço "seguro, autónomo, fiável e viável" e garantir que a atividade espacial é "inovadora e sustentável".
Charles Michel considera ainda que a forma como o tráfego espacial e os detritos espaciais serão geridos é também um desafio. "A Europa, enquanto líder na cooperação multilateral, tem um papel primordial a desenvolver na proteção do interesse global coletivo", defendeu.
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