A dimensão do buraco do ozono varia ao longo do ano, sendo que este atinge o seu pico entre setembro e outubro e fecha momentaneamente em finais de dezembro. Os investigadores do Copernicus Atmosphere Monitoring Service (CAMS) revelaram que, em 2019, o buraco vai fechar mais cedo, prevendo-se que o fenómeno aconteça já no final de novembro.
Em setembro deste ano, os especialistas tinham dado a conhecer que o buraco na camada de ozono estaria a diminuir, sendo que a habitual rarefação deste gás sobre a Antártica seria a menor desde meados dos anos 80. As observações realizadas indicam que a sua atual área apresenta uma dimensão de cinco milhões de quilómetros quadrados, revelando uma diminuição em comparação com os valores de 2017, os quais demonstravam que este teria 20 milhões de quilómetros quadrados.
De acordo com Claus Zehner, um dos responsáveis pela missão Copernicus na Agência Espacial Europeia, a descoberta não é propriamente uma boa notícia, uma vez que a sua causa se encontra no súbito aquecimento de mais de 40 graus da estratosfera. “É importante notar que este é uma situação fora do comum e não é um indicador de que a camada de ozono esteja a recuperar mais rapidamente”, afirma em comunicado à imprensa.
Tal como indicam dados do 2018 Scientific Assessment of Ozone Depletion, a recuperação da camada de ozono é um processo que ainda vai levar algum tempo, embora esta tenha vindo a recuperar a um ritmo entre 1 a 3% por década de 2000. Assim, os cientistas prevêem, por exemplo, que a rarefação nas regiões polares se restabeleça em 2060.
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