![Nova descoberta revela segredos da criação de elementos químicos no Universo. James Webb ajudou](/assets/img/blank.png)
A sensibilidade excecional do James Web conduziu a uma nova descoberta, desta vez relacionada com a origem dos elementos químicos no Universo. Com a ajuda do supertelescópio, cientistas captaram o espectro no infravermelho médio de uma quilonova a partir do espaço, num registo que marca a primeira observação direta de um elemento químico pesado criado por esse tipo de evento.
A equipa de investigadores usou vários telescópios, além do James Webb, espaciais e terrestres, para observar uma explosão de raios gama excecionalmente brilhante, chamada GRB 230307A, e identificaram a fusão de estrelas de neutrões que gerou essa explosão de enorme energia conhecida como quilonova.
Nos restos da explosão foi detetado o elemento químico telúrio, acreditando-se que outros elementos semelhantes da tabela periódica, como o iodo, essencial para a vida na Terra, também possam existir entre nos materiais expelidos pela quilonova.
Os resultados das observações representam um avanço significativo para perceber como os elementos químicos raros são produzidos no Universo, tanto vitais como valiosos, como por exemplo o ouro.
O estudo também revelou detalhes fascinantes sobre a quilonova em si, que poderia ter sido criada pela fusão de uma estrela de neutrões com o seu buraco negro, mas que neste caso terá resultado da fusão das duas estrelas de neutrões.
Clique para ver as novas imagens e outras já registadas pelo James Webb
Estas estrelas de neutrões, no passado, seriam estrelas comuns numa galáxia espiral distante. Após passarem por duas explosões estelares, transformaram-se em estrelas de neutrões num sistema binário, que eventualmente se fundiu numa quilonova, depois de viajar pelo espaço por centenas de milhões de anos.
A descoberta demonstra a importância da cooperação entre telescópios terrestres e espaciais, com a comunidade científica a mostrar-se entusiasmada perante a perspetiva de estudar mais quilonovas no futuro, refere a ESA.
Está também a contar com as capacidades diferenciadas do James Webb no infravermelho para revelar novos detalhes sobre a formação dos elementos químicos no Universo, nomeadamente sobre elementos ainda mais pesados, contribuindo para o entendimento sobre a origem da vida como a conhecemos.
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