A Blue Origin quer começar a levar turistas ao espaço o mais brevemente possível. Depois de ter conseguido realizar de forma bem-sucedida o 12º teste à New Shepard em dezembro de 2019, a empresa fundada por Jeff Bezos já está a preparar o próximo foguetão a integrar a sua frota de veículos espaciais: o New Glenn.

A Blue Origin deu a conhecer através da sua conta oficial de Twitter que já concluiu o desenvolvimento da carenagem do foguetão. Com um nome inspirado no astronauta norte-americano John Glenn, o veículo espacial quer ser o “rival” do Falcon Heavy da SpaceX e, se tudo correr como planeado, fará o seu primeiro voo oficial em 2021.

As imagens dos bastidores da Blue Origin demonstram já a dimensão do cone que ficará na ponta do New Glenn. A carenagem do foguetão é tão grande que há espaço para a totalidade da nave New Shepard. Ao todo, quando estiver pronto, o foguetão parcialmente reutilizável terá uma altura superior a 95 metros, sendo capaz de transportar mais de 45 toneladas de carga.

Comparação do New Glenn em relação a outros foguetões
Comparação do New Glenn em relação a outros foguetões créditos: Blue Origin

A empresa deu também a conhecer que já concluiu a preparação do centro de controlo de missão. As instalações localizam-se no Cabo Canaveral, Flórida, onde a Blue Origin está a desenvolver o foguetão New Glenn. Ainda antes, a Blue Origin revelou que começou a fazer os primeiros testes aos motores do New Glenn nas suas instalações no Texas.

Novo centro de controlo de missão da Blue Origin
Novo centro de controlo de missão da Blue Origin créditos: Blue Origin

Paralelamente, a “rival” SpaceX deparou-se com alguns percalços no mais recente teste ao Starship SN1, o novo protótipo da nave espacial que um dia vai aterrar no Planeta Vermelho. A empresa liderada por Elon Musk decidiu pôr a nave à prova num teste em Boca Chica, Texas, no entanto, o veículo espacial não resistiu à pressão e explodiu.

Novo protótipo da Starship da SpaceX não resiste à pressão e explode em teste
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A SpaceX continua, entretanto, a trabalhar para obter as licenças necessárias para novos testes da nave espacial que vai viajar para Marte. Até meados de março deste ano, a empresa quer testar os motores Raptor do Starship a uma altitude mais elevada que o habitual e depois conseguir aterrá-lo em solo firme para provar que este consegue ser reutilizado quando aterra em outros planetas.

Em janeiro deste ano, a SpaceX conseguiu realizar com sucesso um teste ao sistema de emergência da missão, conseguindo obter a certificação da NASA para o início de testes pilotados. O próximo passo é fazer um teste tripulado, com a Demo-2, o qual está previsto para o primeiro trimestre de 2020.