Depois de um voo parabólico de duas horas, onde experienciaram entre cinco a seis minutos de gravidade zero, os 31 jovens da iniciativa Zero-G Portugal-Astronauta por um dia, da Agência Espacial Portuguesa (Portugal Space), já regressaram à Terra e, ao SAPO TEK, contam as primeiras impressões da experiência.
“Acho que não há palavras que sequer possam começar a descrever aquilo que nós sentimos”, conta Rita Fernandes, acrescentando que as suas expetativas foram totalmente superadas. Como detalha, a experiência de sentir gravidade zero acontece em períodos muito curtos, o que com que tivessem de aproveitar todos os segundos ao máximo.
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“É uma sensação incrível (…) Não houve ninguém que levasse com muitos pontapés e nós conseguimos fazer tudo muito rapidamente, o que nos dava mais tempo para brincar”, realça Rita.
Em linha com a jovem astronauta por um dia, Martim Fernandes sublinha que a experiência superou as expetativas que tinha, sendo mesmo difícil de a descrever. “Em gravidade zero, parece que a pessoa deixa de ter corpo, ou, pelo menos, perde a noção de cada movimento custar a fazer”.
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“Uma das coisas mais difíceis, diria, foi a orientação”, afirma. Apesar das dificuldades sentidas, Martim conta que ainda chegou a aproveitar a experiência para fazer uns quantos mortais e até dar um passeio no tecto.
“Não é fácil explicar o que se sente” detalha, Miguel Fernandes. “Não é voar, não é nadar é, simplesmente, de um momento para o outro não sentir nada. Para mim, foi uma experiência incrível”.
Mas entre o turbilhão de emoções, proezas com flexões, malabarismo, experiências com bolhas de água e muitas fotos, também existiram alguns pequenos "percalços" de percurso, como vomitar ou sentir a necessidade de permanecer parado para não passar mal, como contaram alguns dos jovens com quem falámos.
Sentir-se enjoado ou chegar mesmo a vomitar é algo que pode suceder durante um “batismo” de gravidade zero e foi um dos pontos mencionados pelos instrutores de voo e especialistas durante os briefings, o que gerou algum receio entre os participantes. Mas, como medida de precaução, e para apaziguar os ânimos mais preocupados, os jovens astronautas tomaram medicação anti enjoo.
Ainda esta manhã, antes da partida, os finalistas com quem tivemos a oportunidade de falar contaram que, embora tivessem alguma dificuldade em descrever exatamente o que sentiam, o estado geral era de preparação mental, com outros até a afirmarem que não sentiam medo, em grande parte devido à vasta quantidade de informação que receberam por parte dos instrutores de voo.
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Uma coisa é certa: a primeira experiência em gravidade zero é algo que estes jovens vão levar consigo para o resto vida, com todos os "altos e baixos" que sentiram pelo percurso. Para assinalar a conclusão do Zero-G Portugal, os astronautas por um dia levaram uma memória extra para casa, um certificado entregue numa breve cerimónia que contou com a presença de Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e de Ricardo Conde, presidente da Portugal Space.
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