Elon Musk tem sido destacado nas últimas semanas pelo seu interesse na compra do Twitter, algo que alcançou esta segunda-feira por 41 mil milhões de euros. Mas o magnata não esquece os seus outros negócios, neste caso a Neuralink, a empresa que está a criar um chip para o cérebro direcionados a pessoas com danos profundos na espinha dorsal. A empresa prevê mesmo os primeiros implantes dos chips ainda durante 2022.
Nos últimos dias, Elon Musk tem estado ativo a responder a perguntas relacionadas com os chips neurais, lançando mesmo o convite a trabalhadores e especialistas em smartwatches e smartphones para trabalharem na Neuralink. O magnata refere que a experiência desenvolvida com a tecnologia destes equipamentos poderá ser aplicada diretamente no equipamento da sua empresa, mesmo que não tenha trabalhado com inteligência artificial.
Disse ainda no Twitter que o equipamento da Neuralink está a um nível de complexidade de um smartwatch, seja em termos eletrónicos, mecânicos e de software. Refere ainda que o robot cirúrgico é comparável às máquinas CNC estado de arte, mas sem a necessidade de ter conhecimentos em IA.
Na visão de Elon Musk, os chips desenvolvidos na empresa desde 2016 pretendem ser implantados no cérebro para que possam simultaneamente gravar e estimular a atividade cerebral. As suas aplicações serão médicas, tais como o tratamento de espinhas dorsais danificadas dos pacientes, assim como desordens neurológicas, como Parkinson.
A tecnologia da Neuralink também permitirá aos pacientes comunicar através de mensagens de voz e texto, naquela que Elon Musk acredita ser o futuro dos smartphones e smartwatches. O robot cirúrgico que o magnata referiu no seu post poderá ser a solução para as dificuldades que a empresa está a enfrentar em escalar a tecnologia para um implante cerebral. O Business Insider salientou as palavras de um engenheiro que referia que o chip era demasiado pequeno para um humano conseguir aplicar.
Ainda nos seus posts relacionados com a Neuralink, Elon Musk disse que era possível fisicamente que o chip ajudasse a tratar situações de obesidade mórbida. “Estamos a trabalhar em estabelecer a ponte entre ligações cortadas entre o cérebro e o corpo”, referindo que teoricamente o sistema poderia restaurar totalmente a funcionalidade do corpo dos utilizadores.
Foi ainda reforçado o plano de começar os primeiros testes de implementar os chips em humanos até ao final do ano. Ainda assim, diz estar dependente da autorização da reguladora FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos.
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