Recentemente, uma equipa de investigadores recorreu a dados recolhidos pelo rover Perseverance para encontrar indícios de moléculas orgânicas em Marte. O SHERLOC desempenhou na descoberta um papel importante e a NASA explica como o instrumento dá ao rover uma nova forma de “olhar” para o Planeta Vermelho.
O instrumento SHERLOC (Scanning Habitable Environments with Raman and Luminescence for Organics and Chemicals) foi concebido para ajudar os cientistas a decidirem se uma determinada amostra vale mesmo a pena recolher.
Como explica a NASA, o SHERLOC recorre a uma técnica que analisa a composição química das rochas, emitindo um laser ultravioleta. A forma como a luz é absorvida e depois emitida pelas rochas permite criar uma “impressão digital” espectral de diferentes moléculas.
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A “impressão digital” dá aos cientistas a oportunidade de classificarem os compostos orgânicos e minerais presentes nas rochas e de compreenderem em que ambiente foram formadas.
O instrumento capta também as texturas das rochas marcianas, através da câmara WATSON (Wide Angle Topographic Sensor for Operations and eNgineering), adicionando dados às imagens registadas para criar mapas dos compostos químicos presentes na superfície.
Anteriormente, análises aos dados recolhidos pelo rover Curiosity já tinham confirmado a presença de moléculas orgânicas na Cratera de Gale em Marte. Neste caso, o rover recorreu a um instrumento, chamado SAM (Sample Analysis on Mars), que aquecia amostras de rocha pulverizada e fazia uma análise química aos vapores resultantes.
O SHERLOC desempenha um papel fundamental no Mars Sample Return Program, a missão traçada pela NASA e ESA que envolve o regresso à Terra das amostras recolhidas pelo Perseverance em Marte. Se tudo correr como planeado, as amostras chegarão ao nosso planeta em 2033.
Veja como as amostras vão chegar à Terra
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