Depois de alguns percalços e vários adiamentos, a Boeing tem vindo a cumprir a lista de requisitos para se tornar numa opção válida para a NASA no transporte de astronautas ao espaço. Em maio a cápsula Starliner realizou com sucesso o segundo voo de teste não tripulado, que teve direito a uma passagem pela Estação Espacial Internacional. A viagem pretendia testar a capacidade dos sistemas do veículo para entrar na rota certa e seguir viagem até ao destino, algo que no primeiro teste não aconteceu. Em teste estava também a precisão necessária para acoplar com a porta correta na estação espacial.

Estes voos são essenciais nas etapas de segurança da cápsula, recordando que no primeiro voo de testes do sistema que aconteceu em 2019, falhas de software evitaram que a viagem chegasse ao destino e a missão acabou mais cedo.

Starliner da Boeing já regressou a Terra e está um passo mais perto de servir a NASA no transporte de astronautas
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A Boeing e a NASA estão agora apontar o mês de fevereiro de 2023 para o primeiro voo da missão Starliner com astronautas a bordo em direção à Estação Espacial Internacional, referindo que estão a fazer os preparativos finais para a viagem. Entre as correções que os engenheiros têm de fazer, estão as falhas nos propulsores durante a ascensão à órbita, que na altura foram atribuídos aos detritos espaciais.

Veja na galeria como é o interior da Starliner:

Antes da viagem, em novembro, a cápsula da tripulação Starliner vai ser integrada no foguetão Atlas 5, construído em parceria com a Lockheed Martin, depois da NASA dar luz verde às reparações dos propulsores.

A missão tripulada, segunda avança a Reuters, tem uma duração prevista de oito dias e já se sabe que a bordo seguem os astronautas Barry Wilmore e Sunita Williams, numa viagem de ida e volta. Este será o teste final antes da NASA passar a respetiva certificação à Starliner para executar missões de transporte de astronautas. E depois de certificada, a NASA passa a ter duas empresas privadas como opção para o transporte de astronautas, juntamente com a SpaceX. A empresa de Elon Musk tem vantagem, executando missões tripuladas desde 2020.

É referido que a Boeing já acertou com a NASA um preço fixo de contrato para o desenvolvimento da Starliner com seis missões de rotina acertadas, por um valor de 4,5 mil milhões de dólares. Até agora, com os adiamentos e falhas nos testes que incluem as respetivas reparações já custaram um total de 688 milhões de dólares à Boeing. Só o teste de março teve um custo de 93 milhões.

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