Depois do adiamento de um dia, o foguetão New Shepard arrancou à hora prevista desta terça-feira, da base de Corn Ranch, no Texas, Estados Unidos. O lançamento acontece 15 meses após o incidente com a missão anterior.

No dia 12 de setembro de 2022, a Blue Origin lançou a missão não-tripulada NS-23 para o espaço, resultando num incidente que levou à explosão do foguetão. Apesar do incidente, a cápsula regressou à Terra em segurança, salvando-se a sua carga. Quase seis meses depois do incidente, a Blue Origin publicou um relatório com os resultados da investigação do motivo da avaria que levou à explosão.

Segundo o documento, a causa direta do infortúnio da missão foi uma falha térmica-estrutural do bocal do motor. Isso resultou num desalinhamento da propulsão, fazendo disparar o sistema de emergência da fuga da cápsula, tal como seria de acontecer numa situação de emergência como esta.

Desde essa altura que a empresa de Jeff Bezos - que chegou a levar o primeiro português ao espaço - não voava. O lançamento desta terça-feira não teve novamente tripulação, estando antes reservado ao transporte de 33 experiências científicas.

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Uma das experiências a bordo é portuguesa e pretende compreender como se formam os corpos rochosos, como asteroides e planetas, no nosso sistema solar.

A nano-experiência científica que embarcou no foguetão resulta de um trabalho conjunto entre Rui Moura, investigador da Universidade de Aveiro (UA), um grupo do INESCTEC, um grupo de estudantes de pós-graduação da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), alguns dos quais fizeram mestrado em conjunto com a Universidade de Aveiro. A experiência contou ainda com a participação de uma estudante do mestrado em Engenharia Geológica, refere a Universidade de Aveiro.