Os sonhos de Richard Branson para o espaço sideral podem ter terminado com a venda da Virgin Orbit, mas os planos para o turismo espacial continuam. A Virgin Galactic realizou, na última quinta-feira, um voo tripulado que serviu de teste final tanto do avião transportador VMS EVE como da nave VSS Unity, antes do arranque comercial das viagens ao espaço.
O VMS EVE descolou às 15h15 de Lisboa de uma pista convencional da base do Spaceport America, no deserto do Novo México, com dois pilotos aos comandos. A nave VSS Unity foi lançada depois, seguindo em direção à fronteira do espaço a aproximadamente três vezes a velocidade do som, com quatro “passageiros”.
O voo de teste durou aproximadamente 90 minutos, mas apenas cerca de 10 são passados no espaço. A experiência oferece, no entanto, a possibilidade de os passageiros se soltarem e flutuarem em gravidade zero.
Veja o vídeo publicado pela Virgin Galactic
O voo, que é o quinto da empresa a cruzar a fronteira do espaço, foi o teste final antes do início das operações comerciais. Segundo a empresa, se tudo correr como planeado, os voos de turismo espacial começam no final do próximo mês de junho.
Segundo avança a imprensa internacional, cerca de 800 clientes já adquiriram os seus bilhetes. De 2005 e 2014, a Virgin Galactic terá vendido cerca de 600 passagens espaciais, por valores entre 200.000 e 250.000 dólares. Mais 200 foram vendidos nos últimos anos, por 450.000 dólares cada.
O primeiro o voo espacial da empresa foi feito com o próprio Richard Branson a bordo, em julho de 2021.
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Depois disso a Virgin Galactic anunciou uma pausa para a melhorar o equipamento, que contudo durou muito mais tempo do que o inicialmente planeado.
O atraso no turismo espacial será um "mal menor" para o grupo Virgin, que recentemente teve de cancelar os seus planos para o espaço sideral, vendendo a Virgin Orbit. De início, esperava-se uma pausa temporária de uma semana para procurar financiamento, mas a Virgin Orbit acabou mesmo por suspender definitivamente a atividade espacial, por tempo indeterminado.
Em apenas um mês, a empresa de Richard Branson passou da excitação relacionada com a missão histórica Start Me Up, que seria a primeira a partir de solo britânico; para o total encerramento de operações por ter falhado essa mesma missão, devido a anomalia no LauncherOne, que impediu o foguetão de alcançar a órbita desejada.
As vendas em leilão dos ativos da Virgin Orbit acabaram por render 36 milhões de dólares, um valor muito distante daquele que a empresa valia em 2021.
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