O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a GeoSat continuam a monitorizar a evolução do vulcão Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, nas Canárias, assim como as suas consequências na atmosfera e no terreno. Foram divulgadas algumas fotografias captadas por satélite no dia 29 com grande detalhe, sobre a sua devastação no terreno, criando rios de lava que chegam ao mar.
Veja as imagens de satélite divulgadas pelo IPMA
A erupção do vulcão teve início no dia 19 de setembro, gerando pelo menos sete fontes de lava, salienta o IPMA. Os valores das descargas de lava chegaram aos 700 metros/hora, gerando temperaturas superiores a 1.000 Celsius. Estima-se que tenham sido libertadas 6.000 a 9.000 toneladas de dióxido de enxofre por dia na atmosfera.
A última erupção do Cumbre Vieja foi em 1971, entre 26 de outubro e 18 de novembro, numa duração de 24 dias. É ainda referido que anteriormente, o vulcão teve erupções mais significativas.
O satélite europeu Copernicus também tem estado a monitorizar a atividade vulcânica da ilha, tendo sido disparado o primeiro alarme de atividade sísmica no dia 11 de setembro, na zona sul da ilha das Canárias. Em apenas uma semana foram registados cerca de 22.000 tremores, com aumento de frequência, magnitude, que desde logo indiciaram a atividade vulcânica que acabou por ocorrer no dia 19 de setembro. Esses dados permitiram antecipar e evacuar as pessoas na sua área.
Veja as imagens captadas pelo Copernicus do vulcão de La Palma
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