Uma equipa de investigadores da Universidade de Zurique, na Suíça, alcançou um novo marco na História dos combates Homem versus Inteligência Artificial através do Swift, que descrevem como o primeiro sistema autónomo capaz de derrotar pilotos humanos em corridas de drones.
“Os desportos físicos são mais desafiantes para a IA, porque são menos previsíveis do que jogos de tabuleiro ou videojogos”, indica Davide Scaramuzza, responsável pelo Robotics and Perception Group na Universidade de Zurique, acrescentando que, neste caso, os sistemas precisam de aprender através da interação com o mundo real.
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Ao contrário do que sucede com a maioria dos drones autónomos, o Swift reage em tempo real aos dados recolhidos por uma câmara a bordo. A sua unidade de medida inercial regista a aceleração e velocidade à medida que uma rede neuronal artificial usa os dados da câmara para localizar o drone e detetar os limites da pista de corrida.
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Toda a informação “alimenta” uma unidade de controlo, que também se baseia numa rede neuronal artificial para decidir qual é a melhor forma de completar o percurso o mais rapidamente possível.
O Swift foi treinado num ambiente simulado, recorrendo a uma técnica de machine learning para aprender a voar. “Para assegurar que as consequências das ações no simulador eram o mais parecidas possível com o que aconteceria na vida real, desenvolvemos um método para otimizar a simulação com dados reais”, detalha Elia Kaufmann, investigadora e principal autora do estudo publicado na revista científica Nature.
Depois de aprender a voar, um processo que condensou um mês de treino em apenas uma hora, o drone enfrentou os seus adversários humanos, os pilotos campeões Alex Vanover, Thomas Bitmatta e Marvin Schaepper, numa séries de provas que decorreram numa pista preparada para o efeito num hangar do aeroporto de Dübendorf.
Além de vencer 15 das 25 provas, o Swift foi capaz de alcançar o melhor tempo de corrida, com uma vantagem de meio segundo em relação ao melhor tempo dos pilotos humanos, navegando por obstáculos a velocidades de até 100 quilómetros por hora,
No entanto, os investigadores notam que os pilotos humanos demonstraram uma maior capacidade para se adaptarem a mudanças nas condições das provas, algo que o drone autónomo nem sempre foi capaz de fazer, apesar de ter sido treinado para isso.
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