Existem vários robots que são capazes de proezas que superam as capacidades humanas. Mas existem certas tarefas que os humanos fazem, sobretudo aquelas que requerem uma coordenação motora mais refinada, que ainda são um obstáculo para os autómatos. Depois de robots que aprenderam descascar bananas, chegam autómatos que sabem “brincar” com plasticina.

Criado por uma equipa de investigadores do Computer Science and Artificial Intelligence Laboratory (CSAIL) do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o sistema RoboCraft é capaz de “ensinar” aos robots como moldar letras com plasticina.

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Mas como é que tudo funciona? Num recém-publicado estudo, os investigadores explicam que o sistema começa por analisar as imagens de formas submetidas, reinterpretando-as como um conjunto de partículas. A partir daí, os robots equipados com o sistema recorrem a uma rede neuronal para prever os movimentos que têm de realizar para moldar as formas.

As experiências realizadas pelos especialistas demonstram que, em apenas 10 minutos, os robots conseguem aprender a moldar letras. A equipa também levou a cabo comparações entre os robots e humanos, que controlavam com as mãos as "pinças" mecânicas utilizadas pelos autómatos. Neste cenário foi possível verificar que, em alguns casos, o sistema conseguiu obter melhores resultados do que os humanos.

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É certo que as formas criadas pelos robots são um pouco rudimentares, porém, de acordo com a equipa do CSAIL, o objetivo do sistema não é propriamente ensiná-los a fazer “obras de arte”, mas sim dotá-los de capacidades de modelação e manuseio que podem ser uteis em contextos industriais ou até para aplicações domésticas.