Desde que foi lançado em 1999, o Observatório de Raios-X Chandra tem vindo a ajudar os cientistas a descobrir os mistérios do Espaço, detetando a emissão de raios-X por entre explosões de estrelas ou aglomerados de galáxias, assim como de matéria em torno de buracos negros.
As imagens criadas a partir dos dados recolhidos pelo telescópio são já conhecidas, mas as “delícias cósmicas” visuais não são a única coisa que pode ser feita com recurso às suas informações.
Em parceria com o projeto SYSTEM Sounds, os investigadores responsáveis pelo telescópio conseguiram traduzir os dados recolhidos em composições sonoras: tudo através de uma técnica chamada data sonification.
De acordo com a NASA, a primeira das composições baseia-se na imagem mais profunda alguma vez captada pelo telescópio espacial, representando mais de sete milhões de segundos de observação. Cada um dos pontos coloridos representa um conjunto de galáxias ou buracos negros.
A segunda transforma os dados captados pelo observatório e pelo Telescópio Espacial Hubble na Nebulosa do Olho de gato. Os especialistas do projeto explicam que a luz que se encontra mais distante do centro apresenta um tom mais alto. Já as emissões de raios-X traduzem-se em sons de fundo um pouco mais “ásperos”.
De sonoridades quase etéreas, passamos para uma criação com toques sinistros. A transformação da galáxia Messier 51, também conhecida como “galáxia do redemoinho”, resulta numa composição semelhante ao que sucede quando se toca uma faixa musical ao contrário. Neste caso, foram também usados dados recolhidos pelo telescópio Spitzer, pelo Hubble e pelo satélite GALEX.
Os investigadores do telescópio Chandra e do projeto SYSTEM Sounds têm também outras criações, que podem ser encontradas no canal de YouTube do observatório, e incluem, por exemplo, transformações sonoras da Via Láctea.
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