Protótipos de casas impressas em 3D são já uma realidade e com propósitos variados. Desta vez, está a nascer em Itália uma habitação em resposta às alterações climáticas e à "falta de habitação" que deverá estar pronta no início do próximo ano. A construção, que recorreu unicamente a materiais reutilizáveis, recicláveis e locais, foi desenhada pelo estúdio Mario Cucinella Architects, em conjunto com a Wasp, uma equipa de especialistas da tecnologia 3D.
Com a impressão a arrancar em setembro deste ano, o processo permite que seja "construída em muito menos tempo do que utilizando a tecnologia tradicional, ao mesmo tempo que produz menos resíduos e desperdício”, explica o estúdio no comunicado divulgado no início desta semana. A par da rapidez outra preocupação é a sustentabilidade, pelo que a construção de Tecla prevê apenas a utilização de recursos do próprio local onde vai ser construída.
A empresa fala agora num "novo conceito de viver”, tendo em conta que a casa foi concebida como uma “célula básica, cujas características podem ser modificadas de acordo com o clima e contexto local". Por outro lado, os arquitetos acreditam que “tem potencial para se tornar a base de novas eco-cidades autónomas”, cuja construção se baseie numa estratégia sustentável, de eliminação de lixo e desperdício.
O desenho da casa prevê ainda “uma área de convívio em espaço aberto e uma área de descanso com uma pequena casa de banho” e no exterior há “um pequeno lago que alberga a água da chuva”, para que depois possa ser reutilizada para o jardim. Para assegurar um modelo eficiente a nível energético a casa irá recorrer a painéis solares. “O objetivo final é fazer da Tecla o protótipo de uma casa completamente independente da rede elétrica”, conclui o comunicado.
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