A série Call of Duty faz 15 anos, desde a sua estreia em outubro de 2003, e desde então, a editora Activision tem lançado anualmente novos capítulos, a maioria foi um estrondoso sucesso de vendas. Para servir a série, três estúdios rodam na entrega dos jogos, num ciclo de produção de três anos, criando subséries em diferentes ambientes: a produtora original Infinity Ward está encarregue de Modern Warfare; a Sledgehammer Games tem feito títulos díspares, alternando entre a segunda guerra mundial e palcos futuristas. Por fim a Treyarch, que tem a tutela de Black Ops. E este ano é exatamente a sua responsabilidade de lançar o quarto jogo dessa subsérie.
Black Ops 4, que chega hoje às lojas, marca o fim do paradigma da série, ao eliminar um dos seus principais pilares, a campanha narrativa, focando-se exclusivamente numa experiência online para múltiplos jogadores. O famoso modo Zombies continua presente, assim como as escaramuças entre os jogadores em diversos formatos. Porém, todas as atenções estão focadas em Blackout, o pilar que substitui o peso da narrativa na série, e é nada mais que um formato de Battle Royale, género cada vez mais popular graças ao sucesso de Fortnite e Playerunknown’s Battleground (PUBG).
As mudanças radicais são sem dúvida um risco, até porque ao longo destes 15 anos, a série chegou, em diferentes capítulos, a ser considerado o maior lançamento de um produto de entretenimento do ano, ultrapassando qualquer álbum musical ou blockbuster de Hollywood. Para ter uma ideia, Call of Duty: Black Ops 3, o anterior título da Treyarch, faturou 550 milhões em vendas nas primeiras 72 horas em 2015; e o Black Ops 2 precisou apenas de 24 horas para chegar à marca dos 500 milhões em 2012.
O mais próximo de uma narrativa que os jogadores vão poder experienciar é o modo Zombies (que comemora o décimo aniversário desde a estreia no primeiro Black Ops), onde até quatro jogadores partem numa aventura com saltos temporais. A protagonista é Scarlett Rhodes que procura resolver o mistério do desaparecimento do seu pai, aliado a uma relíquia com poderes especiais, mas que pode condenar a humanidade. Este modo oferece três capítulos inicialmente, mas serão adicionados outros ao longo do ano, através de DLC.
Com as atenções voltadas para Blackout, o feedback dos jogadores, durante a sua fase beta, foi muito positivo. Para além de toda a jogabilidade típica da série, as mecânicas simples e acessíveis destacaram-se, contrariando a longa linha de aprendizagem das principais referências PUBG e Fortnite. Este modo reúne as personagens conhecidas de Blacko Ops num mapa gigantesco, inspirado por diversos cenários lançados em anteriores capítulos da série.
O terceiro pilar de Black Ops 4 mantém-se o multijogador competitivo, oferecendo diversos modos, seja para defrontar adversários a solo ou combater em equipas. Os Especialistas estão de regresso – personagens com armas e habilidades especiais, que podem ser caracterizadas livremente pelos jogadores. Há uma mudança importante na forma como os jogadores recuperam a energia, retirando o sistema de cura automática, pela utilização de kits médicos, introduzindo novas abordagens estratégicas à ação. Os modos Hardpoint, Domination e Control estão de regresso para serem jogados em equipa.
É certo que a série está em decadência, mas ainda assim os números são astronómicos. Segundo a Statista, de todos os produtos da série Call of Duty lançados nos seus 15 anos, os três jogos da subsérie Black Ops estão entre os cinco mais vendidos. O primeiro, lançado em 2010 vendeu 30,4 milhões de unidades e o segundo 29,58 milhões. Conseguirá Black Ops 4 aproximar-se dos “velhos tempos”? Nos próximos dias serão dadas as respostas…
Call of Duty: Black Ops está à venda para o PC, PlayStation 4 e Xbox One.
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