Desde há muito tempo que as pessoas podem tirar fotografias de si próprias, mas a partir do momento em que a Apple introduziu uma câmara frontal no iPhone 4, em 2010, que o termo selfie começou a fazer cada vez mais parte do nosso léxico e rotina. A Dxomark contou a história desta palavra já famosa a nível mundial e da sua aplicação na prática.
Embora muito diferente do conceito de hoje em dia, o primeiro fotógrafo "especialista" em auto-retrato, Robert Cornelius, remonta a 1839. Na mesma altura, Hippolyte Bayard começou a testar o seu processo fotográfico com auto-retratos antes de mostrá-lo à Academia Francesa da Ciência.
Mas foi a partir de 1950 que o auto-retrato começou a chamar mais à atenção das pessoas, com Andy Warhol a transformar os auto-retratos numa forma de arte. Ainda assim, e mesmo com o nascimento de várias redes sociais nos anos 2000, as selfies não eram muito populares. O MySpace, por exemplo, só introduziu fotografias de perfil em 2006, tendo sido ofuscado pelo Facebook em 2009.
A partir do momento em que as selfies se tornaram famosas não demorou muito até surgirem filtros no Instagram, lançado em 2010, e noutras aplicações, que melhoravam o aspeto das selfies. Naturalmente que estas condições motivaram as pessoas a apostarem neste tipo de fotografias, começando a partilha-las nas redes sociais.
2012 foi o ano em que o Snapchat introduziu selfies de vídeos para a sua rede social. Mais tarde, o Instagram lançou a funcionalidade das histórias, que desde logo permitia que os utilizadores gravassem vídeos. E, para garantir melhores selfies, surgiu o famoso "selfie stick", uma ferramenta que permite cobrir uma maior área na fotografia em torno do utilizador.
Tipos de selfies e desafios... para a câmara
As selfies são um desafio particular para as câmaras, nomeadamente no que diz respeito à cor de pele. A Dxomark agrupa-as em cinco categorias e explica a complexidade de cada uma delas.
A "selfie tradicional" é um auto-retrato simples, que costuma dar a conhecer penteados, roupas, maquilhagems, ou simplesmente para ser publicado numa rede social. Outro tipo de selfie bastante popular são as de grupo, que dificulta a tarefa da câmara, já que necessita enquadrar várias e diferentes pessoas, a distâncias distintas, o que implica uma maior profundidade de campo. E se o grupo for constituído por pessoas com tons de pele diferentes, aumenta o desafio.
No caso das selfies das viagens, o desafio passa muitas vezes por equilibrar o fundo e a pessoa, visto que na maior parte dos casos os utilizadores querem uma imagem nítida, mesmo no fundo. As selfies em vídeo têm crescido, através de plataformas como o Facebook, Instagram e Snapchat que oferecem recursos para publicação e transmissão, permitindo que os utilizadores se transformem em criadores e artistas ao vivo. Os próprios youtubers têm apostado muita nesta forma de selfie.
Em 2017, a Samsung estimava que, em média, um millenial irá tirar ao longo da sua vida 25.700 selfies, com uma média de esperança de vida a ultrapassar os 27.000. Em termos práticos, significa perto de uma selfie por dia que está vivo.
No mesmo ano, um estudo da Dreambooks sobre os hábitos dos portugueses mostrou que 65% dos inquiridos admitem ser adepto das selfies, contra os 35% que não faziam disso tendência. 9% admitiram tirar mais de cinco selfies por semana, enquanto 35% dizem fazê-lo pelo menos uma vez nesse período. Já 22% optam por captar este tipo de imagens entre uma a cinco vezes por semana.
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