A indústria tecnológica tem demonstrado solidariedade com a Ucrânia e tomado ações de bloqueio aos seus serviços e produtos na Rússia. A Qualcomm foi a mais recente fabricante tecnológica a anunciar que parou de vender os seus produtos a empresas russas, assumindo assim as sanções impostas pelos Estados Unidos a Moscovo, depois da invasão à Ucrânia.
A fabricante dos processadores Snapdragon para smartphones e tablets, confirmou no Twitter a ação, através de um tweet em resposta ao vice-primeiro ministro ucraniano Mykhailo Fedorov. A empresa tinha acusada de manter os seus produtos disponíveis na Rússia, “inadvertidamente permitindo ao país continuar a matar milhares de ucranianos”, nas palavras de Fedorov.
Nate Tibbits, vice-presidente para assuntos governamentais da Qualcomm, respondeu que a informação era incorreta. “A Qualcomm foi chamada para uma resolução pacífica à agressão da Rússia na Ucrânia, fazendo doações diretas a organizações humanitárias e contribuições aos seus empregados. Cumprimos as sanções dos Estados Unidos e as leis e não estamos a vender produtos a empresas russas”, concluiu. A mensagem foi depois repetida na conta oficial da Qualcomm.
Segundo a Reuters, Mykhailo Fedorov agradeceu a decisão à Qualcomm, deixando ainda o pedido da empresa disponibilizar os seus telefones por satélite para as forças de salvamento ucranianas, no caso de querer reforçar a sua ajuda ao país.
A Apple já havia cortado alguns dos seus serviços na Rússia, além de ter anunciado a suspensão da venda de produtos no país. Depois todos os produtos da loja ficaram indisponíveis, com a empresa a afirmar que está do lado das pessoas impactadas pela invasão russa à Ucrânia. Além de limitar a utilização do Apple Pay no país, a Apple retirou da plataforma App Store, as aplicações das televisões estatais, como a RT e Sputnik.
Mykhailo Fedorov mantém-se bastante ativo no Twitter, disparando pedidos de ajuda em todas as direções possíveis, assim como pede mais sanções à Rússia. De forma a manter a Ucrânia conectada ao mundo, o ministro pediu a Elon Musk suporte de terminais Starlink, de acesso à internet via satélite. O magnata prontificou-se e fez chegar rapidamente os sistemas à Ucrânia.
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