O smartphone é um equipamento que trabalha 24 horas, sete dias por semana, caso nunca se deixe acabar a bateria. A tendência é mantê-lo em permanente funcionamento, mesmo durante a noite. Mas para evitar questões de segurança e possíveis explorações de vulnerabilidades do género “zero-click”, deve-se, pelo menos uma vez por semana, desligar e voltar a ligar o equipamento. O conselho é da agência de segurança nacional dos Estados Unidos (NSA) para todos os cidadãos fazerem um reset à memória, desligando o sistema e reiniciar o smartphone.
Esta medida de desligar o smartphone não é nova, no ano passado, o Primeiro-Ministro australiano pediu aos cidadãos para fazerem esta medida todas as noites, mantendo o equipamento apagado por cinco minutos, igualmente por questões de segurança e privacidade.
Esta é uma das sugestões das boas práticas de utilização de smartphones que a NSA publicou, mas existem mais, que nem sempre são práticas de executar no dia-a-dia, outras parecem bastante radicais, mas que segundo a agência elevam a segurança do equipamento. Uma delas é desligar o Bluetooth sempre que não estiver a utilizá-lo e nem sempre o modo Avião desliga o sistema. Quando tempos cada vez mais equipamentos em comunicação com o smartphone, como auriculares ou smartwatchs, esta medida pode ser desconfortável, mas eficaz sendo a agência.
Se anda sempre à procura de redes quando não está em casa, a NSA diz para não se ligar a redes públicas de Wi-Fi. Deve mesmo desligar o Wi-Fi quando não é preciso e apagar todas as redes não utilizadas. Também não deve ligar-se a fontes amovíveis de multimédia que não conheça. As capas protetoras do smartphone devem abafar o microfone e deve cobrir a câmara quando não a está a utilizar. Durante as chamadas considere não falar em assuntos sensíveis quando existem outros equipamentos no local.
Para proteger o equipamento, os pins e passwords do ecrã de bloqueio devem ser fortes, pelo menos com seis dígitos, que a NSA diz serem suficientes para equipamentos que se apagam depois de introduzidas 10 palavras-chave incorretas. Deve ainda definir para cinco minutos o bloqueio automático do smartphone quando não está a ser usado. Se possível, reforçar a proteção com dados biométricos de reconhecimento facial e impressão digital.
No que diz respeito ao software, deverá instalar o mínimo de aplicações e apenas fazer o download das plataformas oficiais. Deve ainda ter cautela ao introduzir dados pessoais nas apps. Deve também fechar as aplicações quando não estão a ser utilizadas e manter o sistema operativo sempre atualizado.
Estas boas práticas podem ajudar os utilizadores a mitigar o perigo de phishing, instalação de malware ou spyware no smartphone. Na lista consta ainda a ação de desligar os serviços de localização quando não são necessários e não levar o equipamento para locais sensíveis. Foi ainda apresentado um gráfico com a eficácia das ações mediante os possíveis problemas.
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