Há vários meses que se previa que 2019 fosse o ano dos smartphones dobráveis e, neste domínio, o primeiro trimestre não tem desiludido. Até agora, conhecemos dois dos maiores players do mercado, com Samsung e Huawei a apresentar Galaxy Fold e Mate X, respetivamente. No entanto, há um problema comum que acompanha o lançamento destes equipamentos. Falamos da fragilidade dos displays, que na impossibilidade de terem uma camada protetora em vidro, foram obrigados a revestir o ecrã com polímeros de plástico. Isto acontece porque não existem vidros verdadeiramente dobráveis, mas tendo em conta que a Corning não quer perder a posição que ocupa neste segmento, estão já a ser reunidos esforços para dar resposta ao desafio da melhor forma. Atualmente, com o protetor plástico, as telas estão mais suscetíveis a sofrer com riscos e fendas.
De acordo com a Wired, a Corning está já a desenvolver um vidro protetor, dobrável, que tem apenas 0,1 milímetros de grossura. O objetivo da empresa passa por criar um produto durável, que não sofra com os constantes movimentos de abertura e fecho do smartphone. O problema, neste caso, é que o objetivo vai contra alguns dos princípios básicos da física.
"Se quisermos mesmo criar uma solução em vidro, vamos estar a desafiar as leis da física, uma vez que precisamos de uma dobra com um raio de abertura muito justo, mas também de uma proteção que seja capaz de sobreviver a uma queda, resistindo facilmente a qualquer hipótese de dano", explica John Bayne, da Corning, em conversa com a Wired.
A Wired cita ainda várias fontes, que dizem que a Corning poderá lançar este produto no mercado dentro de um par de anos. Se isto não acontecer, as fabricantes deverão poder apoiar-se na solução de uma concorrente japonesa, a AGC, que também está a investir no desenvolvimento de uma solução semelhante.
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