Esta semana foi curiosa a forma como as aplicações foram  escolhidas pela equipa do SAPO TEK. As opções recaíram maioritariamente em jogos e em aplicações de fotografia, mas a verdade é que estas são também categorias que atraem mais a maioria dos utilizadores de smartphones e tablets. Honrosa exceção deve ser feita para a Cake, que quer mudar a forma como navegamos no smartphone, substituindo os browsers mais tradicionais.

Entre apps para melhorar o resultado fotográfico, ou ocultar a identidade, e jogos para puxar pela cabeça ou relaxar, as opções estão disponíveis para os "dois mundos" dominantes do mercado móvel, e são todas gratuitas, por isso pode experimentar sem custos.

Siga pelas sugestões abaixo e instale as mais interessantes. Note que há um jogo desenvolvido por uma equipa mista entre portugueses e polacos.

Quer mais privacidade? Em vez de se esconder "desapareça" do radar

A proposta é de uma startup israelita que desenhou uma app que faz desaparecer os utilizadores. A Phantom.me só está disponível para Android, pelo menos para já.
Em vez de permitir configurar o acesso a dados por cada uma das aplicações que usamos, a Phantom.me decidiu aplicar uma regra mais rígida, e garante ser a primeira aplicação que verdadeiramente impede os smartphones de revelarem os seus segredos e conteúdos privados.

A app não tem ícone e usa encriptação AES 256, seguindo também uma aproximação de conhecimento zero sobre o utilizador e as suas atividades. Mesmo as notificações estão disfarçadas. Isto pode causar alguns problemas, sobretudo quando quer "chamar" a app, já que é preciso usar um código numérico, mas até esta dificuldade tem o seu encanto para quem quer proteger a sua privacidade.

A ideia é que os utilizadores deixem de se esconder e desapareçam. Verdadeiramente (ou quase). Ocultos por detrás de várias camadas de proteção devem conseguir navegar de forma anónima, captar informação, armazenar dados e partilhar fotos, mas num modo privado.

A app estava em desenvolvimento há perto de dois anos, e segundo dados da empresa israelita, mais de 7 mil utilizadores aderiram ao conceito no primeiro mês do lançamento, em dezembro,

Para já a app só está disponível para Android mas está a ser preparada uma versão iOS. A app é gratuita mas há um modelo de subscrição mensal que dá acesso a mais funcionalidades da versão completa e "proteção completa", como diz a empresa.

Com esta app vai ter mesmo que puxar pela cabeça

A Fun Ways to Think 2 traz-lhe mais de 200 níveis de diferentes enigmas. Tudo em pictogramas.
Seja um utilizador iOS ou Android, vai ter se arranjar uma maneira de solucionar os muitos desafios que a app lhe coloca. E, se alguns são bastante fáceis, outros vão obrigá-lo a pensar “outside the box”.

Tudo o que precisa fazer é olhar para a imagem e...adivinhar a resposta. Os quebra-cabeças podem dar-lhe pistas como emojis, imagens, logótipos, músicas, excertos de filmes e muito mais.

A aplicação Fun Ways to Think 2 é indicada para um serão familiar mas, para os menos pacientes na arte da adivinhação, é possível encontrar algumas páginas espalhadas pela internet que os pode ajudar a fazer batota.

Esta aplicação faz mais do que editar fotos: é uma “câmara de arte em selfies”

As redes sociais e outros serviços vão tendo os seus próprios filtros para tratar fotos, mas continuam a existir aplicações totalmente dedicadas ao assunto. É o caso da Fabby, uma "compra" recente da Google.
Ao descarregar a Fabby vai encontrar opções de vários géneros para editar as suas fotografias, desde as ferramentas de embelezamento a fundos de imagem que o põem “em qualquer lugar do mundo”.

Do conjunto de possibilidades fazem igualmente parte, além dos filtros e fundos especiais, efeitos variados, stickers e máscaras, entre outros, que podem ser adicionados às suas fotografias favoritas.

As fotos podem ser diretamente publicadas no Instagram ou no Facebook. Se levarem a tag #fabby são adicionadas à conta @fabbyapp oficial.

A Fabby - que desde o verão passado faz parte do extenso universo Google -, está disponível para dispositivos Android e iOS.

Formas: este jogo português quer testar a sua capacidade de estabelecer ordem no caos

Concebido em Portugal e desenvolvido por dois programadores polacos, o Formas é o novo jogo da Infinity Games.

O desafio é claro: estabelecer a ordem num mundo incerto, caótico e confuso. Mas não se trata da realidade, com uma visão política e económica, ditadas pela geopolítica. Tudo se passa dentro do smartphone, em forma de puzzles.

O jogo desafia a lógica e a criatividade, levando o jogador a juntar os pedaços quebrados de uma peça. À medida que evolui nas várias fases os desafios tornam-se mais complexos, mas a capacidade de organizar o caos pode trazer uma sensação de relaxamento.

A ideia foi desenvolvida na Infinity Games, um estúdio português que se especializou em jogos de puzzles e que já tem no seu currículo outros títulos como o Infinity Loop, com cerca de 25 milhões de downloads, o Infinity Loop: HEX, que tem cerca de 1 milhão downloads, o Square it! e o Infinity Loop: ENERGY ambos com cerca de 800 mil downloads.

Pedro Bento explica ao SAPO TEK que os jogos "são produzidos por uma equipa de quatro pessoas, mas sob a égide da WebAvenue, que é uma empresa portuguesa, sediada em Odivelas. A parte de desenvolvimento do jogo é feita por uma dupla de polacos - Oskar e Ziemowit -, enquanto a parte da conceção, conteúdos, marketing, planeamento e criatividade é feita por uma dupla de portugueses".

A WebAvenue não restringe a sua atividade aos jogos, na qual opera sob a marca Infinity Games, mas na verdade os jogos são responsáveis por 90% da receita, e por isso é natural que continuem a dominar a atenção da equipa. "O resto dos negócios são maioritariamente desenvolvidos em alturas em que não temos jogos a ser lançados e a disponibilidade é maior para abraçar outros projetos, que nos parecem interessantes", sublinha Pedro Bento.

E, entre tantos temas, porquê a aposta nos puzzles? Pedro Bento explica que se deveu à identificação de um mercado de nicho, com jogos de puzzle relaxantes, artísticos e fáceis de resolver tinha algum espaço para melhorias e oportunidades.

"O desenvolvimento dos jogos é também significativamente mais barato do que noutros segmentos (arcade, RPG, MMO, etc.), o que permite uma gestão mais eficiente do risco que está associado a este tipo de investimentos", justifica Pedro Bento, acrescentando que "trabalhar com uma base de jogadores que é altamente fiel também é algo que nos motiva no segmento de puzzles".

O Formas (Shapes em inglês) é gratuito e está disponível para smartphones e tablets Android e para a iPhone e iPad da Apple.
Ajude Flora a salvar o mundo da escuridão

No jogo Flora and the Darkness, uma criança tem o destino do planeta nas suas mãos. Ao utilizador cabe o papel de ajudar Flora na sua luta.

A terminar uma semana em que se assistiu ao "três em um" lunar, com a Lua a apresentar-se maior e mais brilhante do que o normal, trazemos-lhe um jogo em que reina a escuridão.

Nesta plataforma de 21 níveis, o utilizador joga como Flora, uma luz mágica que, resgatada pela sua mãe moribunda, tem que fugir da escuridão e chegar ao portão que se encontra no fim de cada nível.

Ao longo do caminho, a criança deve usar o poder das plantas para ir ganhando habilidades extra dos deuses antigos que a poderão ajudar na sua demanda. Ou não.

Com uma história convincente, um grafismo bonito e lutas emocionantes, Flora and the Darkness é um jogo de aventuras, casual e divertido para os utilizadores de iOS e Android.
Cake quer mudar radicalmente (para melhor) a arte de navegar no smartphone

Aceder à internet e pesquisar no computador é uma coisa. Fazer o mesmo no telemóvel é outra, defendem os criadores da nova app Cake Browser.
Acabada de estrear para o público em geral, a aplicação Cake Broser propõe uma forma de navegar online especialmente criada para dispositivos móveis.

A grande diferença dos navegadores tradicionais, web e mobile, face ao novo browser é que enquanto nos primeiros vemos os resultados de busca apresentados numa lista, e depois podemos passar para seções que mostram resultados com imagens, mapas, vídeos e outros, no Cake os resultados são mostrados por páginas mais relevantes, que podem depois ser “deslizadas” para o lado como se de imagens numa galeria se tratassem.

Continuam a existir possibilidades “tradicionais”, como digitar um URL diretamente no campo de busca, ou selecionar resultados de vídeos com o termo pesquisado, trazidos do YouTube e do Vimeo, e também de imagens, selecionadas entre recursos como o Google Images, Giphy, Flickr, Imgur e outras plataformas online.

As fontes de pesquisa, assim como outros procedimentos, podem ser definidos a partir do menu de configurações da aplicação.

A app Cake Browser é gratuita e está disponível para Android e iOS.