A Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) está à porta do IMT a reclamar por respostas relativamente à situação da plataforma Uber em Portugal.
“Viemos perguntar ao IMT por que motivo não dá resposta aos ofícios que nós lhe temos enviado em relação ao problema da Uber. Um deles é em relação à legislação das empresas rent a car - há quem entenda que eles podem transportar público. E nós entendemos que não, que não podem. Até hoje não nos deram qualquer resposta”, disse o presidente da Antral, Florêncio de Almeida, em declarações à SIC.
“Por outro lado queremos saber o que é que o IMT tem feito aos autos que têm sido levantados. Pedimos para nos constituíssem como assistentes nos processos e caso não quisessem, para enviarem esses processos para o Ministério Público para investigação”, continuou.
Recorda-se que o Tribunal de Lisboa aprovou uma providência cautelar na qual a Uber está proibida de operar em Portugal, mas a plataforma da tecnológica continua a ser usada pelos utilizadores.
Por causa desta situação, a ANTRAL organizou um mega-protesto no início de setembro, mas pode não ser o último, como confirmou Florêncio de Almeida.
“Os protestos vão continuar, no meu entender. Mas estes homens que estão aqui [taxistas], são eles quem estão a perder o seu tempo, eles irão decidir”.
E a promessa é de que o próximo protesto pode ser ainda mais massivo - o que leverá a uma nova “paralização” em algumas cidades.
“Na minha opinião devemos esperar que seja constituído um novo Governo. Porque andarmos aqui na rua sem termos ninguém que nos apoie, no meu entender acho que não vale a pena estarmos a prejudicar as pessoas. Agora assim que seja constituído um Governo, pedimos que sejam resolvidos os problemas e se eles não forem resolvidos, acho que nos devemos mobilizar, mas com muito mais força”, alertou o responsável da associação.
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