A forma como o Instagram funciona é um “mistério” para si? Em 2021, a rede social do ecossistema da Meta já tinha detalhado como é que funcionam as recomendações de conteúdo e, agora, revela novos pormenores sobre os mecanismos da plataforma e sobre o que está a fazer para melhorar as experiências na app.
No blog oficial do Instagram, Adam Mosseri, responsável pela rede social, afirma que a plataforma quer “ser mais eficaz” a explicar como tudo funciona. “Existem muitas ideias erradas por aí e reconhecemos que podemos fazer para ajudar as pessoas, especialmente criadores de conteúdo, a compreenderem o que fazemos”, realça.
“O Instagram não tem só um algoritmo que controla o que as pessoas veem ou não na app”, explica Adam Mosseri. A rede social recorre a uma variedade de algoritmos, além de classificadores e processos, “cada um com objetivos próprios”.
Cada uma das partes do Instagram, do Feed às Stories, passando pelos Reels, pela secção Explore e pela pesquisa, “usa algoritmos próprios adaptados à forma como as pessoas as usam”. Além disso, a empresa aplica classificações diferentes consoante os segmentos que compõem a rede social, tendo adicionado funcionalidades e opções que permitem que os utilizadores personalizem ainda a sua experiência.
Por exemplo, no Feed o Instagram tem em conta publicações recentes partilhadas por seguidores, assim como posts por contas que, embora não estejam a ser seguidas, podem ser do interesse dos utilizadores. O interesse é determinado através de uma variedade de factores, incluindo seguidores, publicações que os utilizadores gostariam ou com as quais interagiram recentemente.
Já nas Stories, a empresa usa critérios como o histórico de visualização e de interação e proximidade para determinar o que surge em primeiro lugar. Nos Reels, o Instagram olha para a atividade dos utilizadores, o histórico de interação com quem faz as publicações, as informações acerca dos vídeos e sobre as pessoas que os publicaram.
No que toca à secção Explore os critérios utilizados incluem informação sobre as publicações, atividade anterior dos utilizadores, histórico de interações e dados sobre as pessoas que fizeram as publicações.
A forma como o Instagram é utilizado “influencia fortemente” o que vê ou não na rede social. Apesar dos diferentes algoritmos recomendarem conteúdo que pode ser interessante para os utilizadores, a sua precisão nem sempre é a melhor.
É por esse motivo que a rede social disponibiliza várias opções que permitem aperfeiçoar o que é recomendado. Por exemplo, é possível indicar “Não tenho interesse” em qualquer publicação recomendada de modo a que o Instagram mostre menos deste tipo de conteúdo.
O Instagram está também a preparar uma opção que permitirá indicar interesse nas publicações recomendadas. Já os mais curiosos podem também selecionar a opção “Porque estou a ver esta publicação/anúncio?" quando se deparam com conteúdos específicos.
Instagram posiciona-se em relação ao shadow banning
O Instagram aproveitou também para falar acerca do fenómeno do shadow banning, tendo em conta o feedback que tem recebido, além de conversas com diretas com a sua comunidade.
Embora não exista propriamente uma definição estabelecida, o conceito de shadow banning é frequentemente utilizado para se referir a contas ou conteúdos que estão a ser limitados ou ocultados sem uma explicação ou justificação clara. “Quando classificamos conteúdo no Instagram esta não é a nossa intenção”, afirma Adam Mosseri.
O responsável detalha que, apesar de existir uma ideia de que anúncios pagos atingem um maior alcance, “o Instagram não suprime conteúdo para incentivar os utilizadores a comprar anúncios”.
“As preocupações da comunidade sobre o shadow banning deixaram claro que é possível fazer mais para aumentar a transparência, para que os utilizadores tenham mais informações sobre o que está a acontecer com as suas contas”, admite.
Para responder a estas preocupações, o Instagram está a preparar a funcionalidade Estado da Conta, que vai ajudar a entender por que motivos é que determinados tipos de conteúdo não pode ser elegíveis para recomendação e para assegurar que os criadores de conteúdo possam contestar a decisão.
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