Os smartphones são hoje mais do que um mero objeto. No interior encontram-se dados pessoais, fotografias insubstituíveis, credenciais de acesso a bancos ou serviços públicos, documentos importantes. O roubo de um smartphone vai muito além do bem material.
Tendo em conta que atualmente uma média de 97 telemóveis por hora são roubados no Brasil e que a associação GSM diz que globalmente o número ascende a milhões de telemóveis todos os anos, uma tendência em crescimento, a Google desenvolveu novas formas de proteção dos equipamentos, mesmo em caso de roubo.
A pensar neste problema, e depois de uma fase de testes beta, a Google está a disponibilizar um conjunto de funcionalidades concebidas para proteger o smartphone “mesmo antes de ser roubado”, para todos os smartphones com Android 15. Além disso é também uma atualização do Google Play Services para dispositivos Android 10+ e seguintes.
Uma das funções é o Theft Detection Lock que utiliza inteligência artificial proactivamente no momento que acontece uma tentativa de roubo. Mediante aprendizagem automática, o smartphone consegue analisar sinais do dispositivo para detetar potenciais roubos. Se o “algoritmo detetar uma potencial tentativa de roubo no seu dispositivo desbloqueado, bloqueia o ecrã para manter os ladrões afastados”, explica um post no Blog de segurança da Google. O Bloqueio de deteção de roubo utiliza sensores do dispositivo para identificar as tentativas de furto.
A Google está por isso a trabalhar “para levar esta funcionalidade ao maior número possível de equipamentos”. A implementação é gradual para garantir a “compatibilidade com vários dispositivos, começando pelos Android que abrangem 90% dos utilizadores ativos em todo o mundo”, lê-se no mesmo blog. A Google recomenda a consulta regular da página de definições de proteção contra roubo para verificar se o seu dispositivo já é suportado.
Outra funcionalidade que está a ser introduzida é o Offline Device Lock que protege o utilizador, caso o ladrão tente colocar o dispositivo offline para extrair dados, evitando também uma limpeza remota através da funcionalidade Find My Device do Android. Com esta opção, se um dispositivo desbloqueado ficar offline durante períodos prolongados, o ecrã é bloqueado “para garantir que o telemóvel não pode ser utilizado nas mãos de um ladrão”.
Finalmente, em caso de perda ou roubo, o Remote Lock ajuda a proteger o equipamento rapidamente. Mesmo que o utilizador não se lembre das credenciais da conta Google no momento do roubo, pode utilizar qualquer outro dispositivo para visitar Android.com/lock e bloquear o seu telemóvel apenas com um número de telefone verificado.
O Bloqueio remoto protege o seu dispositivo enquanto recupera o acesso através da funcionalidade Find My Device, que protege, localiza ou apaga remotamente o seu dispositivo. A Google recomenda ainda a “criação contínua de cópias de segurança do dispositivo para que a eliminação remota não seja um problema.
Além destas soluções, o sistema operativo Android 15 tem novas funcionalidades para “impedir o roubo antes que este aconteça” ao dificultar o acesso dos criminosos a definições e aplicações sensíveis ou para repor o dispositivo para revenda.
As alterações de definições sensíveis, como a opção Find My Device requerem agora PIN, palavra-passe ou autenticação biométrica. Várias tentativas de início de sessão falhadas (que podem ser um sinal de que um ladrão está adivinhar a sua palavra-passe) bloqueiam o dispositivo, impedindo o acesso não autorizado.
Finalmente foi melhorada a “reposição de fábrica” para dificultar a vida aos ladrões ao tentar repor o dispositivo sem as credenciais da sua conta Google, o que “reduz significativamente o seu valor de revenda, protegendo ainda os seus dados”.
No final do ano, a Google vai ainda lançar o “Identity Check”, uma função opt-in que vai adicionar uma camada adicional de proteção ao pedir autenticação biométrica no acesso às definições críticas da conta Google e do dispositivo (alterar o PIN, desativar a proteção contra roubo ou aceder às Passkeys a partir de uma localização não fiável). “Isto ajuda a evitar o acesso não autorizado, mesmo que o PIN do seu dispositivo esteja comprometido”, explica a Google.
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