No início do ano a Sonaecom anunciou que a Optimus passaria a assumir-se como marca única do grupo para a oferta de serviços móveis e fixos, em substituição do Clix.

O brand (marca) não desapareceu imediatamente, mas passou para segundo plano. A prazo é bastante provável que acabe por ser abandonada, permanecendo depois na memória daqueles que, de alguma forma, conviveram com os serviços fornecidos pela mesma.

Por decisão estratégica, fusões de negócio, descontinuação de produtos ou simplesmente falência, várias foram as marcas relacionadas com a área das telecomunicações e Internet que lutaram pelo seu espaço no mercado português e que, entretanto, deixaram de existir.

Recorrendo à tabela cronológica surgirá na mente de alguns - já que falamos dos primórdios das telecomunicações em Portugal - a marca TLP, ou desdobrando a sigla, Telefones de Lisboa e Porto, já que esta empresa, criada em 1968, explorava o serviço telefónico apenas nestas duas regiões, estando o resto do país à responsabilidade dos Correios, Telégrafos e Telefones, ou seja CTT.

Já em 1992 dá-se a autonomização das telecomunicações desenvolvidas pelos CTT através da criação da Telecom Portugal, SA, passando aqueles a dedicar-se exclusivamente aos Correios.

Portugal passou, assim, a ter a sua rede de telecomunicações explorada por três operadores: os TLP exploravam o serviço telefónico nas áreas de Lisboa e Porto; a Telecom Portugal, responsável pelas restantes comunicações nacionais, para a Europa e Bacia do Mediterrâneo; e a Marconi que assegurava o tráfego intercontinental.

Em 1994, constitui-se um operador único nacional de telecomunicações, a Portugal Telecom, SA, que juntou, por fusão, a Telecom Portugal, os TLP e a TDP. No ano seguinte iniciava-se o processo de privatização concluído em Dezembro de 2000 e que deu origem à actual Portugal Telecom, SGPS, SA.

Já a situação com o Clix, uma das últimas grandes saídas de cena entre as marcas do sector, lembra um pouco o que aconteceu com a Telepac. Inicialmente lançado como o ISP da Portugal Telecom, actualmente a marca continua associado à prestação de serviços de acesso à Internet, mas apenas nas ofertas que dizem respeito ao mercado profissional.

[caption]Telepac[/caption]

Depois de alguns anos a operar no mercado português, em meados de Setembro de 2007 a "descontraída" Jazztel dava lugar à Ar Telecom, que numa estratégia diferente da seguida até então, apostava no segmento residencial, embora oferecendo também serviços para empresas, aproveitando os cerca de 30 mil clientes que a Jazztel tinha na altura.

[caption]Jazztel[/caption]

Ainda coexistiu por uns tempos com o brand que a viria a substituir, mas acabou formalmente abandonada, como era objectivo inicial. A sociedade que constituía a Telecel foi criada em 1991, tendo entre os seus accionistas - além dos grupos nacionais Amorim e Espírito Santo - a Pacific Telesis Internacional (mais tarde Airtouch), que viria a ser adquirida pelo Grupo Vodafone.

[caption]Telecel[/caption]

Em 2000, o Grupo Vodafone adquire o restante capital da Telecel disperso em Bolsa. A empresa reformulou a sua denominação, passando a chamar-se Telecel Vodafone em Janeiro de 2001 e finalmente Vodafone a partir de 22 de Outubro desse ano mesmo ano.

[caption]MIMO TMN[/caption]
Já o "plano de preços" mais recordado de sempre - e a concorrência vai desculpar - é sem dúvida o MIMO da TMN, ou não tivesse sido a primeira oferta móvel pré-paga a existir, um modelo que abria novas possibilidades de acesso aos serviços móveis, com a adesão de clientes que não queriam comprometer-se com uma assinatura mensal.

O tarifário ainda integra a listagem de ofertas da TMN, mas não com a atenção com que em 1995 se rodeava.

Além da "proposta comercial" propriamente dita, destaque para as publicidades que, com certeza, ainda farão parte da memória de muitos. Bem, pelo menos de algumas gerações…

Nota de redacção: Sugestão originalmente publicada a 22 de Janeiro deste ano.