Um monitor não é um equipamento complexo. Aliás, os passos de montagem não podiam ser mais simples: tirar da caixa, colocar a base e ligar. Esta simplicidade de funcionamento facilita também a decisão de compra. A maior parte dos utilizadores preocupam-se essencialmente com a dimensão do ecrã e com o design, mas a verdade é que existem alguns pormenores e tecnologias que podem melhorar significativamente toda a experiência de utilização.
Se tiver em conta todos estes elementos, a escolha de um novo monitor pode tornar-se um pouco mais complicada, mas não a ponto de se transformar numa dor de cabeça. Existem dezenas de opções no mercado extremamente interessante em termos de funcionalidades, design e relação qualidade-preço.
Deixamos alguns exemplos na galeria de imagens. Estas propostas não espelham os melhores modelos de cada marca, apenas oferecem uma referência das opções que estão disponíveis no mercado.
Em primeiro lugar é importante definir o tipo de monitor que necessita. Vai escrever texto, ver emails e navegar na internet? Ver filmes e jogar? Trabalhar com gráficos e design? A resposta a estas questões pode condicionar não só a dimensão do ecrã, como também as tecnologias integradas. Se procura um monitor para jogar tem que procurar desempenho e dimensão. Se quiser um monitor para escrever e navegar na internet pode procurar um bom compromisso entre dimensão e preço. Os profissionais do setor gráfico optam pela dimensão e tecnologia de imagem. Independentemente do cenário de utilização, eis alguns detalhes que deve considerar.
Que dimensão escolher no monitor?
Não existem regras específicas associadas ao tamanho do ecrã. Tudo depende um pouco do gosto, do espaço livre na secretária e do orçamento disponível. No entanto, a experiência de utilização pode não ser fantástica se optar por um ecrã com um tamanho totalmente desajustado. Podemos fazer edição de imagem num monitor com 25 polegadas? Claro que sim, mas não é o mais recomendado. Entre as 20 e 25” consegue encontrar um ótimo monitor para as tarefas mais comuns: internet, texto, entre outros exemplos. Se gosta de ver filmes, jogar de vez em quando, ou se trabalha com aplicações e documentos mais exigentes, então vale a pena investir num modelo de maior dimensão (25 a 29”). Ter um monitor acima das 30” não é para todos: exige um orçamento mais generoso e mais espaço na secretária, mas oferece uma área de trabalho e de visualização excecional para os gamers mais exigentes e para os trabalhadores gráficos, por exemplo.
Resolução HD ou 4K?
Quanto maior for o ecrã, mais qualidade ele tem? Não! O tamanho não está diretamente ligado à qualidade. A qualidade de imagem é “medida” na resolução. Uma resolução HD oferece uma imagem de qualidade para as tarefas básicas, mas não é suficiente se quiser ver filmes ou jogar - neste caso, opte pela resolução Full HD (1080p). Tendo em conta a evolução tecnológica atual, o preço competitivo e o facto de não mudarmos de monitor todos os anos, já não vale a pena investir em nada abaixo dos 1080p – mesmo que só veja vídeos no YouTube. A diferença de qualidade justifica a diferença de preço. Os monitores 4K ou Ultra HD oferecem uma experiência de visualização muito mais envolvente. A qualidade de imagem – cores, texturas, contrastes – e a área disponível é perfeita para os grandes jogadores e profissionais de imagem/vídeo.
Ecrã plano ou curvo?
Os ecrãs curvos permitem uma experiência de visualização mais envolvente e confortável, e asseguram um campo de visão mais alargado. É por esta razão que os ecrãs de cinema são curvos. O nível de curvatura é designado pelo raio (R). Quanto menor for o número, mais curvo será o seu monitor. Por exemplo, 1800R é mais curvo do que 4000R. 1800R tornou-se a especificação padrão deste tipo de ecrãs.
O que significam os “ms”?
Os milissegundos traduzem o tempo de resposta de um monitor, e neste domínio as regras são diferentes – quanto menor for o valor, mais rápida a imagem é gerada. Ou seja, se o intervalo de tempo for muito grande, o utilizador vai ver mais sombras ou as chamadas imagens fantasma. Esta é a razão pela qual os gamers, que lidam com cenários de ação extremamente rápidos, procuram tempos de resposta muito baixos (abaixo dos 3 ms).
E para que serve a refresh rate?
A refresh rate é a taxa de atualização da imagem no ecrã Mede-se em hertz e a regra é – quanto mais elevado for o valor, melhor será o desempenho. Por regra, um monitor comum, para tarefas diárias, oferece entre 60 a 75 Hz. Se procura um monitor para jogar, opte por um valor acima dos 120 Hz, porque esta taxa é essencial para manter a nitidez da imagem, sobretudo em imagens em movimento.
Brilho adequado para imagem e jogos
O brilho nem sempre é considerado um fator importante, mas para quem joga ou trabalha com imagem e vídeo pode ser relevante. O brilho mede-se em cd/m² - quanto maior o valor, maior o nível de brilho. Os gamers e profissionais acima referidos preferem valores acima dos 300 cd/m².
Proporção 16:10 ou 4:3 ?
O padrão mais comum e mais procurado é o panorâmico, ou 16:9. Porquê? Devido à visualização de filmes em Full HD, sem distorção do conteúdo. Mas há ecrãs com proporções diferentes: 16:10, 5:4, e 4:3. É importante perceber que nestes formatos, os conteúdos que forem desenhados para 16:9, como os filmes, vão aparecer distorcidos ou enquadrados com barras negras. Também já pode optar por um formato ultra panorâmico, muito apreciado pelos utilizadores que trabalham em ambientes multitarefa. Neste caso pode trabalhar, enquanto vê um filme.
Impacto na visão
Independentemente de estar a jogar ou a trabalhar, a maior parte dos utilizadores de computadores passa horas à frente de um monitor. Apesar de a qualidade de imagem ser cada vez maior, o impacto na visão é inevitável, nomeadamente ao nível da fadiga. Existem marcas que integram tecnologias que ajustam algumas definições para reduzir este impacto – modo de leitura, redução das ondas de luz azul, entre outras opções. Estas tecnologias não comprometem a qualidade da imagem.
Ligações a todos os equipamentos
É importante verificar se o monitor que vai adquirir tem todas as ligações que necessita, nomeadamente se for liga-lo a equipamentos mais antigos. As portas HDMI asseguram a transmissão dos sinais de áudio e vídeo. É a porta que vai utilizar para ligar o monitor ao computador, por exemplo. A ligação VGA é uma tecnologia bastante mais antiga, mas existem ainda muitos equipamentos com esta conexão. As portas USB num monitor podem parecer dispensáveis, mas se quiser visualizar conteúdos mais rapidamente, então são perfeitas! Pode ligar o smartphone, um leitor de DVD, a máquina fotográfica, uma pen, entre outros exemplos. O DisplayPort é uma boa opção para quem procura uma resolução de imagem mais definida – jogos e filmes. É importante sublinhar que só consegue aproveitar ao máximo a alta resolução com uma ligação HDMI ou DisplayPort.
Design e ergonomia
Quando falamos em design não estamos a referir-nos à cor ou às linhas estéticas do monitor. Neste caso, o foco está a ergonomia. Dependendo do tipo de utilização, da profissão e das horas de trabalho, o conforto pode ser determinante. Há alguns anos os monitores eram estáticos, mas atualmente existem modelos que permitem distintas configuração – ajustar a altura, proximidade, inclinação e rotação.
Organização em cima da secretária
Há monitores mais "organizados" que outros. Como assim? Alguns modelos possuem um design que permite esconder os cabos de ligação na estrutura de suporte ou na moldura traseira do monitor. Esta funcionalidade aumenta a área útil da secretária e deixa o ambiente de trabalho mais desimpedido e arrumado. Existem modelos que podem ser montados na parede.
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