
À final da 11ª edição do Apps for Good, que decorreu a 16 de setembro, tendo como palco o Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, chegaram 30 projetos de ensino básico e secundário de todo o país, com propostas para desafios reais em áreas que vão da educação e saúde à ação climática e sustentabilidade. As aplicações SURI e Water Shield foram as grandes vencedoras dos prémios dedicados ao ensino básico e secundário, respetivamente.
A primeira, desenvolvida por alunos da Escola Básica e Secundária das Lajes do Pico, destaca-se com uma solução que inclui uma pulseira equipada com tecnologia RFID e uma aplicação de gestão de grupos, concebida para dar mais controlo, capacidade de localização e alertas em saídas escolares, visitas de estudo, lares e eventos.
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A segunda solução, criada por jovens da Escola Secundária de Nelas, apresenta-se como um sistema de nebulização, ativado por sensores ou manualmente, que usa água da chuva ou de poços para criar uma espécie de escudo protetor, alertando bombeiros e incluindo plano de evacuação.
Na categoria do ensino básico, o segundo lugar foi alcançado pela MOB.in, da Escola Secundária Fernando Namora (Amadora), com um dispositivo inteligente que aumenta a mobilidade e autonomia de pessoas com deficiência visual. O projeto Welcome To Portugal, da Escola Básica Júlio Brandão (Vila Nova de Famalicão), fecha o “pódio” com uma app de apoio à integração de imigrantes em Portugal.
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No que toca ao ensino secundário, o projeto Horta do Cedo, da Escola Secundária Infante D. Henrique (Porto), ganhou o segundo lugar com uma solução de cultivo hidropónico inteligente, com sensores, IoT e IA. No terceiro lugar ficou a Smart Feed Pets, uma solução inteligente para alimentar animais remotamente, criada por alunos da Escola Secundária de Tondela.
A app HAWK (Helping Around With Kindness), criada por alunos da Escola Básica 2º e 3º Ciclos Dr. Horácio Bento Gouveia (Madeira) venceu o Prémio Público. O prémio Jovem Aluna.PT foi atribuído a Mara Fernandes, da Escola Secundária Infante D. Henrique, Porto, membro do projeto Horta do Cedo.
Entre as distinções atribuídas nesta final contam-se ainda o prémio de melhor app em estabelecimentos prisionais - centros educativos, que foi entregue aos jovens do Centro Educativo da Bela Vista, pelo projeto Young Private Life. A Escola Secundária de Nelas venceu o Prémio Escola e o Prémio de melhor app das escolas portuguesas no estrangeiro foi atribuído à Escola Portuguesa de Moçambique que entrou em competição com o projeto OportuniMoz.
A solução Focus Mind da Escola Superior de Educação do Politécnico de Coimbra venceu o Prémio Upcoming Educators, que, segundo o CDI Portugal, destaca a aplicabilidade da metodologia do Apps for Good em contexto universitário para futuros professores.
Já o projeto Fire Stop, da Escola Secundária de Nelas, foi distinguido com o Prémio 2.0, que destaca os trabalhos de jovens que já participaram em edições anteriores do Apps for Good.
158 escolas, 3. 207 alunos e 337 professores
Citado em comunicado, João Baracho, Diretor-Executivo do CDI Portugal, recorda que o programa "tem uma ligação muito direta com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, na medida em que procura capacitar jovens para criar soluções tecnológicas que atendam a problemas reais da sociedade e do meio ambiente".
Além de incentivar os jovens a "desenvolver aplicações que promovem inovação e infraestrutura sustentável" e de preparar os jovens "para os desafios do século XXI", o programa abre também "oportunidades para que jovens de diferentes contextos tenham acesso à tecnologia", realça o responsável.
Ao longo do último ano letivo, 158 escolas participaram no programa Apps for Good. 69% das escolas participantes já tinham estado presentes em edições anteriores e 79% integraram-no no currículo escolar.
O programa envolveu 3.207 alunos, dos quais 65% dos alunos frequentam o ensino regular, 31% o ensino profissional e 4% a formação de adultos. Ao todo, 337 professores estiveram envolvidos na iniciativa, dos quais 53% já participaram em mais do que uma edição
Nos últimos 11 anos, mais de 28.500 alunos, 1.800 professores e 700 escolas desenvolveram milhares de soluções tecnológicas no âmbito do programa, detalha o CDI Portugal.
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