Foram quase 12 mil os alunos que ficaram de fora na primeira fase de candidaturas no Concurso Nacional de Acesso, e a este número ainda se somam os que esperaram as notas da segunda fase dos exames. Mas já só há 6 mil vagas, pelas contas partilhadas pelo Ministério da Tecnologia, Ciência e Ensino Superior, o número mais pequeno dos últimos 10 anos.
Entre o ensino público e privado, prevê-se que se inscrevam no ano letivo que agora começa cerca de 95 mil novos estudantes, incluindo cerca de 73 mil estudantes nos cursos de licenciatura e mestrados integrados e mais de 9,5 mil estudantes em formações curtas de âmbito superior (os TeSP). Os valores são estimados pela Direção-Geral do Ensino Superior com base nos resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) e nas estimativas das instituições de ensino superior para as demais vias de ingresso.
Nos cursos mais procurados, e onde as médias de entrada subiram na generalidade dos casos, já não há vagas, embora possam ainda acontecer desistências ou mudanças de curso, libertando lugares para os alunos que se candidata na 2ª fase. O ministério nota ainda que, na sequência do reforço do número de vagas do regime geral de acesso ao ensino superior, as Instituições de Ensino Superior podem ainda aumentar esse número de vagas através da transferência de vagas fixadas e não ocupadas nos concursos especiais de acesso e ingresso no ensino superior, caso se venham a verificar novas vagas não preenchidas em concursos especiais nas instituições de ensino superior até ao início de outubro.
O ISCTE foi uma das Universidades que já esgotou todas as vagas colocadas no concurso, o mesmo acontecendo com vários cursos nas escolas superiores de Enfermagem de Coimbra, Lisboa e do Porto. A Universidade Nova foi também alvo de grande procura, tendo ficado apenas com uma das quase três mil vagas que disponibilizou para esta fase.
No outro lado da lista, o Instituto Politécnico de Bragança foi o que ficou com mais vagas por preencher: das 2.160 vagas disponibilizadas foram ocupadas 1.029, ou seja, cerca de metade, a situação repete-se em outras instituições do interior, como o Instituto Politécnico da Guarda que tem 512 vagas sobrantes, o Politécnico de Viseu com 484 lugares, o de Castelo Branco que tem 400 e o de Viana do Castelo com 375 vagas. Mesmo assim o MCTES nota que
O número de estudantes colocados nas instituições localizadas em regiões com menor pressão demográfica cresce 20% face a 2019 e atinge 12314 colocados.
Menos vagas para a 2ª fase
Em 2019, na segunda fase havia 6.734 lugares e, em 2015, o número foi ainda mais elevado, com 8.714 vagas disponíveis para os estudantes que concorreram na 2.º fase. No site da DGES é possível consultar a informação das médias dos últimos alunos colocados em cada curso e o número de vagas disponível, uma informação relevante para quem quer ainda perceber onde pode candidatar-se.
As candidaturas para esta segunda fase abriram hoje e decorrem até 9 de outubro. Os resultados são publicados a 15 de outubro.
De notar que em 2019, na segunda fase do concurso ficaram por preencher mais de 4.500 vagas.
Estes são os cursos onde sobraram mais vagas para a segunda fase.
Três primeiras opções para 84% dos alunos
Este foi um ano recorde em termos de candidaturas e colocações. De um total de 62.930 alunos candidatos entraram perto de 51 mil, o que quer dizer que só 82% ficaram colocados. São mais cerca de 6 mil alunos, entre Universidades e Polítécnicos, com as regiões de Lisboa e do Porto continuam a concentrar quase metade dos novos alunos.
Apesar das médias, grande parte dos alunos conseguiram ficar colocados nos cursos do primeiro grupo de opções. Dos colocados, 84% foram admitidos numa das suas três primeiras opções, sendo que 51% ficaram colocados na sua primeira opção.
Segundo os dados, a percentagem é um pouco mais baixa, mas em termos absolutos representa um aumento de cerca de 23 mil para 25 mil alunos colocados na sua primeira opção.
31 cursos com médias acima de 18 valores
As médias dos exames aumentaram este ano e por isso era de esperar que também isso acontecesse com as médias de entrada. Os dados referem-se ao último aluno colocado em cada curso e mostram que 31 cursos tiveram alunos com média acima dos 18 valores.
Há quatro cursos de engenharias no topo. Empatados no topo da lista estão 3 cursos: o de engenharia e gestão industrial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o de engenharia aeroespacial e engenharia física tecnológica do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, com 191,3 pontos. A medicina, que tradicionalmente liderava esta lista de melhores alunos, só aparece em quinto e sexto lugares.
Veja todos os principais dados desta fase de candidaturas. Mais informação pode ser consultada no site da DGES.
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