Crise dos chips: onde nos afeta, como se resolve e que papel assume a Europa?
A falta de semicondutores está a afetar várias indústrias. Em Portugal a indústria automóvel é uma das mais afetadas mas a crise tem impacto também na escassez de eletrónica para este Natal, e pode prolongar efeitos até 2023
A procura das novas consolas de videojogos continua a ser superior à oferta, problema que tende a intensificar-se durante esta época natalícia. Mas tanto as fabricantes representadas em Portugal como as principais grandes superfícies continuam dependentes das (poucas) unidades que chegam ao mercado
A GfK já identifica subidas de preços superiores a 10% na eletrónica de consumo, num ano em que a escassez de semicondutores está a dificultar a previsibilidade de prazos de entrega, como reconhece a Worten, e a limitar campanhas promocionais, como verifica o KuantoKusta.
Os próximos anos vão ser de forte investimento no reforço da capacidade europeia para produzir semicondutores. A região depende em mais de 70% da produção asiática e tem ambições fortes em áreas como a dos carros autónomos, onde metade dos custos vão derivar da eletrónica.
Os valores associados ao fabrico de semicondutores são astronómicos, o que explica o reduzido número de fabricantes a operar em escala neste mercado que se divide por especialidades, que também passam por Portugal. Sabe quantos chips leva um carro, quanto custa produzi-los ou quanto tempo demoram a
Entre fábricas que produzem automóveis ou componentes, stands e concessionários, a indústria automóvel emprega mais de 200 mil pessoas em Portugal. Num ano que devia ser de recuperação, o cenário é pouco otimista, especialmente com a escassez de semicondutores. Previsões para 2022? Só muito vagas.