A Dynabook tem um plano ambicioso para 2022 no que diz respeito a computadores portáteis de produtividade e empresariais, focada no mercado B2B. A marca, que herdou o negócio da Toshiba, referiu anteriormente que tem uma enorme capacidade de entrega, em poucas semanas, das encomendas feitas pelos seus clientes. A Dynabook desenha e fabrica todas as suas máquinas, faz a gestão da sua própria logística e não obriga a encomendas mínimas. Aspetos que afirma como estratégicos no seu plano de crescimento para os próximos anos.
O modelo Portégé x30l-j-17c faz parte de um novo catálogo de modelos, completamente renovados. Aliás, 90% da sua oferta de produtos são novos equipamentos. E o primeiro contacto que chama à atenção é o seu peso de cerca de 900 gramas, um dos mais leves do mercado, sem prescindir de configurações de topo, incluindo processadores Intel i7 de 11ª geração.
Veja na galeria imagens do portátil
E é tão leve que falhou o habitual teste de levantar a tampa com apenas uma mão: a força aplicada a abrir a tampa “revirou” o computador ao contrário. A tampa pode ser aberta até 180 graus, para o caso de necessitar partilhar trabalhos com outros colegas, por exemplo, sem ter que virar o computador. No entanto, não oferece funcionalidade tátil no seu ecrã, ou pelo menos nesta versão.
Pequeno e muito leve, para levar sempre consigo
Ser fino e leve não significa que não consiga ser elegante. A marca optou por linhas simples e sóbrias, utilizando magnésio em negro como material de construção deste Magnesion Edition. Na tampa, ao centro, podemos ver o logotipo da marca gravado com relevo a prateado. O portátil tem um ecrã de 13,3 polegadas e uma base com um teclado com teclas espaçadas em forma de chiclete. São grandes e confortáveis para escrever, porém, o teclado não é retroiluminado, uma falha neste segmento de computador, sobretudo para quem escreve em locais menos iluminados.
O TrackPad tem dimensões generosas, considerando o tamanho do chassis e para quem é adepto de cursor no meio do teclado, pode contar com o pequeno analógico. Este evita deslocações desnecessárias ao TrackPad se tiver de fazer pequenos ajustes num texto com o cursor.
Ainda assim, as teclas do cursor são pequenas e o teclado assume diversos atalhos para aceder a funcionalidade do numérico, assim como o botão Home e Page Up. É necessária alguma habituação para aceder a estas funções. Por exemplo, os números do teclado numérico estão disponíveis nas teclas do texto e é necessário ativar a funcionalidade para os utilizar. Não só estas teclas estão disponíveis num formato quase diagonal, do que a habitual coluna numérica à direita, como deixa de poder registar o texto normal neste modo. Não existe muita vantagem e mais vale utilizar o numérico horizontal no topo do teclado.
De notar ainda que o TrackPad tem embutido o sensor biométrico de impressões digitais, para que possa autenticar-se com segurança. Além disso, tem os dois botões físicos independentes, que pessoalmente prefiro, em vez das soluções embutidas no próprio painel do TrackPad.
Autonomia para quase todo o dia de trabalho
No que diz respeito a conetividade, do lado esquerdo do chassis pode encontrar duas entradas USB-C com Thunderbolt, uma HDMI, USB-A e jack 3,5 mm para ligar auscultadores. Do lado direito conte com uma entrada de rede, mais uma ligação USB-A, leitor de cartões microSD e ainda ID Card.
O portátil é carregado via USB-C, sendo o seu carregador de 65 W. Este é alimentado por uma bateria de 53 Wh, que dependendo da carga de trabalho pode durar um dia completo de trabalho. Durante o teste, o portátil aguentou-se bem a passar vídeos do YouTube em loop por umas sete horas, e ainda restou bateria para mais alguns afazeres.
Obviamente, sendo um computador novo, sem muitas tarefas a correr de fundo, é normal que tenha mais autonomia. E se puxar um pouco mais por ele, certamente que a duração da bateria diminui. Ainda assim, comparado a outros testes semelhantes, este modelo revelou uma excelente duração de energia.
A versão de teste apresenta um processador Intel i7 de 11ª geração a 2,80 Hz, 16 GB de RAM e 500 GB de SSD. O GPU utiliza a plataforma da Intel Iris Xe. São especificações suficientes para executar trabalhos do dia-a-dia, caso não necessite das exigências de uma máquina para editar vídeos ou mesmo jogar. No nosso caso, ter o sistema sempre pronto, e confortável para escrever e navegar com várias abas abertas manteve-se sempre operacional.
A Dynabook demonstra ainda uma preocupação com o conforto de visualização. O seu ecrã tem uma área de 13 polegadas, mas é muito confortável no visionamento de imagens, sobretudo o texto em diferentes ângulos. Tem uma resolução de 1080p e cobre 97% da palete de cores sRGB, oferecendo sempre imagens nítidas, muito graças aos seus 435 nits de brilho.
Já dececionante foi o seu som, algo que não esperaria que fosse a prioridade deste modelo. As músicas eram abafadas e pouco naturais. Foi necessário levantar o portátil para perceber que as colunas estão colocadas na tampa inferior, logo projeta o som contra a superfície soando muito estranho. Se pensa comprar um portátil para multimédia, no que diz respeito ao som, esta não é a melhor opção, só mesmo recorrendo a uns auscultadores.
Para quem deseja um portátil sempre operacional durante o dia de trabalho, este portátil da Dynabook poderá ser uma solução eficaz. Não se trata das mais baratas soluções do mercado, a rondar os 1.700 euros, mas aliar autonomia, robustez, peso muito reduzido e uma configuração bem apetrechada acabam por se refletir na fatura.
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