O primeiro contacto com este novo modelo da linha Dragonfly da HP é bastante agradável. O portátil fino e leve, pesando quase 1,2 kg, além de ser bastante compacto, num formato de ecrã IPS de 13,5 polegadas. É daqueles computadores que se colocar dentro de uma mochila e nos esquecemos que ele está ali, sendo apenas um pouco maior que um bloco de notas.
E habituado aos computadores da HP para o trabalho, esta seria uma opção de escolha para um futuro upgrade, pelo seu teclado confortável para escrever, com retroiluminação. Tem um TrackPad bem grande, com botões com um “clique” agradável e com sensibilidade para colocar o cursor rapidamente em qualquer área do ecrã. Pessoalmente, por norma não troco o rato por um TrackPad, mas neste caso, durante o teste, deixou-me agradado pela experiência.
O que procura num portátil de trabalho?
Existem alguns requisitos que procuro para um computador de trabalho, sendo o seu peso um fator importante, pelas inúmeras deslocações que faço. A retroiluminação do teclado é outra prioridade e neste Dragonfly as luzes brancas emitidas pelos LEDs em baixo das teclas e à volta do TrackPad é mais que suficiente para escrever numa conferência num local escuro. A autonomia é outro fator importante, algo que este modelo da HP também passa na distinção: uma carga permite mais de 10 horas a funcionar (teste feito com janela de browser a ouvir música no YouTube). E quando não se tem energia, o seu carregador alimenta o equipamento via USB-C, mesmo que sejam pequenas “doses” para o manter “vivo”.
Veja na galeria imagens do portátil:
O portátil tem uma bateria de 68 Wh, carregado por um pequeno transformador leve de 65 W via USB-C. Numa altura em que o mercado converge para o carregador único universal, este modelo assume esse compromisso. Além de carregar o portátil, pode usar o carregador para carregamento rápido de smartphones e tablets, o que diminui o peso na mala de transporte.
O design do portátil é simples e minimalista, mas com um aspeto sofisticado e moderno. Ainda corrige um dos problemas que deteto constantemente nos portáteis da HP: as arestas são arredondadas, incluindo os bicos do chassis. Toda a linha da base e tampa são suaves ao toque, uma vez que a marca tende a incluir arestas laminadas e cantos pontiagudos que podem magoar os dedos quando se pega no equipamento.
Na sua tampa tem o logotipo da HP gravado com relevo em prateado, que se sobressai do plástico negro “fosco”. Não sendo bem um magneto de impressões digitais, infelizmente notam-se as dedadas na superfície da tampa, mas são muito fáceis de limpar, passando a manga da blusa.
Ecrã com boa visualização de imagens
O portátil não tem teclado numérico, devido às suas dimensões compactas, mas mantém o tamanho convencional das teclas, com o devido afastamento. Apenas o cursor continua a não ser uma prioridade para a fabricante, mantendo as teclas de cima e baixo com tamanhos reduzidos e próprios a atropelamento. A fabricante decidiu arrumar os botões de energia no próprio teclado, ao lado do Delete, mas sendo mais rígida, diminui o risco de pressões inadvertidas. Ao lado do cursor encontra-se ainda uma tecla dedicada a impressões digitais, pecando por não partilhar com o de energia, como já visto em muitos modelos, o que permitiria autenticar-se no momento em liga a máquina.
A linha Dragonfly tem diversos modelos convertíveis, tais como o Folio G3 revelado também no verão, com um ecrã articulado para ser utilizado em diferentes cenários. Mas este G3 é um modelo convencional, permitindo apenas abrir a tampa em 180º e sem funcionalidades de ecrã tátil. No entanto, sai fora do convencional 16:9, das imagens panorâmicas, para um rácio de aspecto de 3:2 no seu ecrã de 13,5 polegadas. Na prática, coloca mais informação vertical no ecrã, diminuindo a necessidade de fazer scroll à imagem. A sua resolução máxima é de 1920x1280, que para um computador de trabalho serve perfeitamente.
Um teste que realizamos a todos os portáteis é abri-lo com apenas o polegar, sem que este se revire. Este modelo passou com distinção, ficando de imediato pronto a trabalhar quando se levanta a tampa.
A funcionalidade Sure View (que pode ser ligada e desligada no F2) permite cortar a imagem a bisbilhoteiros, escurecendo a imagem do ecrã quando se olha de lado ou por cima do ombro. Apenas o utilizador, diretamente frente ao ecrã consegue ver a imagem de forma nítida. Já agora, mesmo com a iluminação no mínimo, achei muito agradável a imagem.
Se não necessitar de um alto brilho, deve regular esta opção até se sentir confortável, uma vez que tem impacto direto na autonomia do portátil. No entanto, graças aos seus 1.000 nits de brilho, é possível ver imagens em locais com maior iluminação ou reflexo direto no ecrã, sendo ideal para trabalhar no exterior.
Numa altura em que as videoconferências são cada vez mais importantes, o portátil oferece uma câmara com boa qualidade, mesmo quando utilizada em condições com menor iluminação. Pode gravar vídeos com uma resolução máxima de 1440p a 30 FPS. Mesmo as fotografias captadas oferecem cores realísticas.
Leve, mas poderoso e altamente conectado
Na sua configuração de conetividade, este modelo conta com duas entradas USB-C 4 com Thunderbolt 4 (uma de cada lado do chassis, o que significa que pode carregá-lo como for mais conveniente), uma porta USB-A Super Speed de 5 Gbps, uma entrada de jack 3,5 mm para ligar auscultadores com fio e uma para HDMI 2.0. Talvez o mais interessante, e sendo este um portátil de trabalho, conte com uma bandeja para cartão SIM, o que significa que pode manter o computador online em qualquer local diretamente. A HP refere que existem versões deste modelo com suporte a 5G, pelo que deve consultar as especificações na aquisição, caso seja necessário.
Suporta ainda as ligações wireless Wi-fi 6E e Bluetooth 5.2. No entanto, a ausência de um leitor de cartões SD obriga a ligar cabos, no caso de necessitar transferir fotos de uma câmara, por exemplo.
Além de uma imagem com bastante nitidez a consumir conteúdos multimédia, um dos melhores aspetos do portátil é a sua qualidade sonora. A HP colocou as duas colunas na parte da frente do chassis, viradas para o utilizador, em vez de colocadas na lateral, como é habitual. Isso significa que o som é mais percetível nos seus dois canais, com um volume elevado, sem destorcer, com bons graves e baixos. A sua qualidade de som foi garantida pela configuração da Bang & Olufsen. Ouvir um videoclip e um trailer numa divisão da casa chegou sem problemas a qualquer outro canto da habitação.
Para que possa trabalhar em diferentes aplicações e documentos, o portátil está bem artilhado no interior. O multitasking fica garantido com o mais recente processador Intel Core i7 de 12ª geração, suportado pela plataforma Evo. O modelo testado tem 32 GB de RAM LPDDR5 a 6400 MHz, o que é bem mais que muitos computadores de gaming no mercado. Quanto ao armazenamento interno, conte com um SSD PCIe NVMe de 1 TB. A sua placa gráfica é integrada, a plataforma Intel Iris Xe, pelo que não contem com este equipamento para jogar títulos mais exigentes.
Para quem deseja adicionar mais segurança, o modelo contém a solução HP Wolf Pro. As suas soluções de segurança adicionam camadas de proteção baseadas em hardware, firmware e o próprio sistema operativo, prometendo vigilância constante a ciberataques.
De notar que a base do portátil tem uma tampa que cobre toda a superfície, apertada por quatro pequenos parafusos em formato Torx, que embora não sejam tão acessíveis como os Philips, já existem diversas chaves para os mesmos. Pode abrir facilmente a tampa para fazer uma limpeza mais profunda e eventualmente trocar o seu SSD e bateria.
Este HP Elite Dragonfly G3 é um portátil profissional que toca em todas as necessidades. É leve e pequeno, mas igualmente poderoso, muito confortável para trabalhar e com uma excelente autonomia. E mesmo nos momentos de pausa, relaxar a ver um filme ou ouvir música, o seu sistema de som é do melhor que tem sido lançado. Obviamente que todas as características de luxo e hardware de topo pesam na fatura e esta versão custa cerca de 2.200 euros.
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