As vendas de smartphones dobráveis devem crescer 52% no próximo ano para 22,7 milhões de unidades, de acordo com as previsões da Counterpoint. Em 2022, as vendas deste tipo de equipamentos deverão ficar pelos 14,9 milhões de unidades, num ano que voltou a ser de crescimento acelerado para o segmento.

Os dados compilados entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2022 indicam um crescimento de 90% na vendas de dobráveis, para um total de 9,9 milhões de unidades. O balanço do ano, no entanto, não será tão favorável como indicava a tendência dos nove primeiros meses, porque se espera que neste último trimestre de 2022, o volume de vendas recue, na comparação com o mesmo período do ano passado.

"Os números são baixos quando colocados no contexto de um mercado mais amplo, mas olhando para o sempre importante segmento de ultra-premium (1.000 dólares ou mais), estamos a ver que começam a duplicar", destaca Tarun Pathak, diretor de pesquisa da Counterpoint. Nesta categoria, as quotas dos dobráveis já estão nos dois dígitos “e esperamos que aumentem acima dos 20% em 2023", acrescenta o mesmo responsável.

Veja alguns dos smartphones dobráveis já no mercado ou prometidos para 2023

Por fabricantes, espera-se que a Samsung continue a dominar o segmento, embora seja também expectável que em 2023 a fabricante sul-coreana comece a enfrentar mais concorrência, sobretudo de fabricantes chineses, já que vários pretendem lançar modelos dobráveis.

Counterpoint - smartphones dobráveis
créditos: Counterpoint

Entre as marcas que devem estrear-se no lançamento de equipamentos dobráveis - a nível global ou fora do mercado chinês - estão a Honor, a Motorola e a Xiaomi. Por seu lado, a Oppo, Huawei e vivo devem reforçar a oferta de dobráveis com novos modelos.

A Apple continua a ser vista como um potencial futuro concorrente também neste segmento, onde a empresa na verdade ainda não confirmou que pretende entrar, não obstante os muitos rumores que têm circulado sobre o assunto e algumas patentes que a empresa tem registado de equipamentos com design dobrável.

No entanto, nas contas da Counterpoint, a Apple não é considerada e a consultora também não consegue antecipar quando pode vir a ser. "Eles continuam ausentes das nossas previsões a curto prazo, mas são conhecidos por levarem o seu tempo”, sublinha outra analista sénior da consultora, Jene Park.

Com mais oferta e mais concorrência, é expectável que os preços dos smartphones dobráveis comecem a baixar, um fator importante para dinamizar um segmento que ainda cresce de forma limitada por causa dos preços elevados dos dispositivos.