De acordo com novos dados avançados pela ANACOM, nos primeiros três meses de 2023, o número de clientes do serviço telefónico fixo (STF) registou um aumento de 1,9%, com mais 81 mil clientes, em comparação com o mesmo período no ano passado. Ao todo, até ao final de março deste ano, o número de clientes deste serviço era de cerca de 4,4 milhões. 

A entidade reguladora explica que o crescimento está em linha com a tendência histórica estimada e “associado à continuada penetração das ofertas em pacote que integram telefonia fixa”.

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Durante o período em análise, a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais esteve na ordem dos 52,4 acessos por cada 100 habitantes. Já a taxa de penetração de acessos que foram instalados a pedido de clientes residenciais cresceu 2,2 pontos percentuais (p.p.) para 96,8 por 100 lares.

O parque de acessos telefónicos registou uma subida de 2,0% para 5,5 milhões de acessos equivalentes, com mais 109 mil do que no trimestre homólogo. A ANACOM realça que o crescimento se deveu ao aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica e TV por cabo, com mais 266 mil acessos.

Os acessos suportados por redes de nova geração, entre FTTH, redes de TV por cabo e redes móveis em local fixo, representavam 90,5% dos acessos telefónicos durante o primeiro trimestre do ano, tendo crescido 2,6 p.p. face ao período homólogo no ano passado. Os acessos analógicos diminuíram 25,4% representando 5,9% do total.

O número de postos públicos teve uma queda de 10,4%, passando a situar-se nos 12,2 mil. O tráfego gerado neste postos também diminuiu, neste caso 10,6%.

Segundo a ANACOM, a tendência decrescente é “justificada justificada pela substituição deste tipo de tráfego por chamadas de telemóvel e outras formas de comunicações suportadas na Internet”. Ao todo, desde o segundo trimestre de 2016, o tráfego gerado por postos públicos caíu 77,5%.

Na rede fixa, o volume de minutos teve uma queda de 17,7%. A entidade reguladora detalha que, com a pandemia de COVID-19 a deixar de ter um impacto no tráfego médio por acesso do STF, a tendência de decréscimo verificada no período pré-pandemia, os níveis estimados caso esta não tivesse ocorrido, regressou.

A ANACOM indica que a diminuição registada durante o primeiro trimestre do ano deve-se em grande parte à queda no tráfego fixo-fixo (menos 19,1%) e, em menor medida, à redução no tráfego fixo-móvel (menos 5,8%), do tráfego nacional para números curtos e números não geográficos (menos 38,2%), assim como do tráfego internacional de saída ( menos 24,6%).

Por mês foram consumidos, em média, 45 minutos por acesso: 29 minutos em chamadas fixo-fixo, 9 minutos em chamadas fixo-móvel e 2 minutos em chamadas internacionais. O número de números consumidos mensalmente desceu 19,5%, com menos 11 minutos, rm comparação com o período homólogo em 2022.

No que toca à quota de clientes de acesso direto, a da MEO atingiu 41,8%. Segue-se a da NOS, com 34,3%; a da Vodafone, com 20,6%; e a da NOWO, com 2,6%. As quotas da NOS e da NOWO diminuíram 0,3 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente. A quota da Vodafone aumentou 0,4 p.p. e a da MEO 0,1 p.p